sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

"ESTE GOVERNO É MEU" DISSE USE NA TOMADA DE POSSE DO GERALDO MARTINS

O Presidente da República Umaro Sissoco Embalo disse que "brevemente" vai nomear o novo Governo e empossar os restantes membros, salientou ainda que "não se trata de executivo de nenhum partido, mas sim de iniciativa presidencial", fazendo menção à Constituição da República.

"Este Governo é meu", disse Sissoco Embaló no ato de tomada de posse do primeiro-ministro Geraldo Martins, que foi reconduzido no cargo, que decorreu esta terça-feira, 12 de Dezembro no Palácio Presidencial, adiantando na ocasião que o "Parlamento está dissolvido", sendo a esco- Iha Geraldo Martins, segundo Sissoco Embaló, da sua responsabilidade.
“É a mim que ele vai prestar contas e mais ninguém”, insistiu o chefe do Estado guineense, frisando que "Ele [Geraldo Martins] deve obedecer apenas ao Presidente da República".

Geraldo Martins, primeiro-ministro reconduzido, frisou que as prioridades do novo executivo serão as mesmas.
Através das redes sociais Domingos Simões Pereira, líder da Coligação PAI Terra Ranka escreveu que o “partido e a coligação estão a acompanhar e darão de seguida a melhor orientação”, tendo exortado “a compreensão e contenção de julgamentos”.

Depois de ter dissolvido na segunda-feira passada a assembleia nacional popular e o governo. O presidente guineense Umaro Sissoco Embaló decretou a recondução de Geraldo Martins no cargo de primeiro-ministro. Nenhum país pode ter estabilidade  sem respeito das instituições e a governar à força, alerta o analista político guineense Rui Jorge Semedo.

Os limites constitucionais não foram respeitados pelo facto de a presidência da república ter controlado todas as instituições, descreve o analista.

"O presidente tem controlado todas as institiuições, aparentemente. Quer militar, judicial e, agora, com essa situação da dissolução do parlamento também as instituições políticas. Particularmente a Assembleia nacional popular e o governo. É uma situação que pode ser muito má. Se realmente a Guiné-Bissau quer consolidar as suas instituições e permitir que haja a possibilidade da governabilidade porque nenhum país pode ser estável se, realmente, continua nessa dinâmica de demonstração de força, nessa dinâmica de sequestro das instituições, nessa dinâmica de tutela."

Apesar da recondução do primeiro-ministro Geraldo Martins, sem respeitar a constituição e os resultados da eleições do passado mês de Junho, a política guineense vai continuar a ser um "caos", prossegue Rui Jorge Semedo.

"Do ponto de vista político a Guiné-Bissau vai continuar a ser um caos. Porque quando não se obedece às normas constitucionais, quando não se respeita os resultados eleitorais, não há condições. Não há legitimidade para que qualsquer grupo político possa, realmente, traduzir os seus planos de governação em acção concreta. Nós já assistimos a esse filme inúmeras vezes. A Guiné-Bissau já se licenciou em situações de golpe de Estado, de instabilidade e de má governação."



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