segunda-feira, 9 de julho de 2012


Bastonário dos advogados da Guiné-Bissau apoia o golpe de Estado


Domingos Quade
Bastonario da Ordem dos Advogados da Guine-Bissau
"Se o 12 de abril vem nesta senda, não tenham ilusões: o bastonário apoia. E, se não, obviamente que (o bastonário) não pode rever-se nisso, porquanto foi mais uma violência no país", referiu hoje à Lusa Domingos Quadé, repetindo o que já tinha dito na entrega de carteiras profissionais a novos advogados.
"Na verdade, nem sempre uma mudança violenta é absolutamente condenável, sobretudo quando nela é poupada ao máximo a vida humana, enquanto bem inalienável" defendeu, considerando que o importante é impedir que passado algum tempo (do golpe) as pessoas sintam falta do que lhes foi tirado por "força ilegal".
O bastonário citou exemplo de golpes de Estado "que se celebrizaram no mundo", apontando a Revolução Francesa, a Revolução Soviética e, "culturalmente próxima" da Guiné-Bissau, a "Revolução dos Cravos", em Portugal.
Quadé lembrou que antes do golpe de Estado, que destituiu o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e o Presidente interino, Raimundo Pereira, havia, na sua qualidade de bastonário da Ordem dos Advogados, dado dois pareceres públicos e que na altura, nos dias 10 de janeiro e 13 de fevereiro, alertou para possibilidade da ocorrência de situações "verdadeiramente sérias e cuja falta de observância poderiam trazer crispações da mais variada natureza para a sociedade" guineense.
Quando se discutia se Carlos Gomes Júnior podia deixar a liderança do Governo para se candidatar à Presidência da República, o bastonário pronunciou-se contra tal possibilidade, alegando violação da Constituição.
"No dia 13 de fevereiro, o bastonário escreveu um parecer jurídico onde pronunciava violações graves aos sistemas constitucional e legal então positivados, com consequências imprevisíveis mas certamente violentadas, e foi simples e seriamente criticado em alguns círculos sociopolíticos", enfatizou Domingos Quadé.

2 comentários:

  1. Obviamente quanto ao depoimento do nosso O bastonário da Ordem dos Advogados guineense, Domingos Quadé, poderia ser até verdade no que ele se refere um alerta para ex-primeiro ministro carlos gomes júnior, mas uma coisa é perceber quanto ambição política bate mais forte não tem ninguem que pode segurar, dai tudo mundo se torna cego fingindo que não está sabendo das futuras conseguências que podem prejudicar milheres de pessoas inocentes, mas fazer o qué, só depois que tudo aconteceu. Assim, podemos perceber que a pilitica é um jogo de interesse que as vezes politico acaba jogar tudo da água a baxo.

    obrigado
    José racks pawer

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  2. Ele (Domingos Quadé) fez o que pode, como advogado em prol da Constituição Guiniense MAS, onde esteve o Tribunal Constitucional, que não deu proceguimento ao processo? Pois é...

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