PONTO DI MIRA Ramadão, o sagrado mês de bênção para todos
Por: Samba Bari
Meus
irmãos de fé, estamos no decurso de mais um mês de Ramadão
(jejum), perante a dificuldade habitual do país e desta vez
culminado com a imença crise política... O momento é bastante
difícil, porque povo está a viver com dificuldades e o nosso país
está num castigo de isolamento político.
É
importante para nós basear neste jeito mais especial de inverter as
situações, ou seja, que a fé ganhe espaço na nossa consciência e
nos nossos corações. Porque sem dúvidas, a palavra que ordena o
mundo é a Palavra de Deus (paz amor e bem ao próximo), a qual
funciona como uma matriz, com valores que vem só dele e nos propõe
suportar os sofrimentos, as maldições e as mais profundas
dificuldades desse mundo.
A luta
contra as dificuldades, em detrimento de obter a nossa sobrevivência,
é um trabalho constante durante todo o tempo da nossa vida... Porque a experiência do limite que nos caracteriza é inseparável da
realidade humana. Já que um ser humano, por mais saber e poder que
disponha, tem limitação.
Daí
que, um bom religioso não consegue viver de melhor maneira se não
tiver fé... E ter fé, significa cumprir... Assim, cada momento em
que a vida nos parece insuportável, teremos sempre como resistir e
atravessar os obstáculos. Nas horas de dor e na dificuldade de vida,
são momentos mais precisos de encontrar um jeito nobre e diferente
de os sentir... E daí entra a fé.
Meus
caros leitores e irmãos muçulmanos, como se levanta hoje no nosso
país a questão da justiça, da paz, de estabilidade, de segurança
e do entendimento com uma urgência muito particular... É bom que
aproveitemos esse tão importante mês inteiro e no fim de cada
oração pedir perdão e bênção para a nossa querida Guiné-Bissau
e a todos nós.
A paz,
de facto, é inseparável do olhar sobre o homem, na verdade e na
justiça.
As
situações de ódio e de vingança constituem uma ferida aberta no
coração de todos os Guineenses, o que nos obriga varias vezes um
trato cínico entre nós. Sobretudo no coração dos homens que se
recusam de abrir-se a bondade e em Deus... Tais corações outrora
habitados de egoísmo, pelo desejo exagerado do poder, pelo domínio
e pela riqueza. Dando origem a sublevações de impor, sem ponderar o
grito do faminto e do sedento... Sem ter algum medo de justiça ou
necessidade de preservar a solidariedade.
Mas
nós (os irmãos da fé), podemos ajudar, e temos uma cota parte de
obrigação moral dessa ajuda, sem desânimo nem tréguas. Porque
afinal, é uma preocupação de todos nós,
já
que conhecemos bem as causas profundas das nossas querelas. Devemos
procurar explorar acima de tudo, os caminhos da paz pedindo perdão,
bênção e entendimento, especialmente nas orações desse
importante mês em que aceitação dos pedidos é mais fácil perante
o nosso criador.
É um
momento muito particular para todos os muçulmanos, o tempo do
Ramadão, em que
o
jejum, a oração e a solidariedade nos incutem a paz interior. Por
isso agradeço a todos os muçulmanos da Guiné-Bissau que
compartilhemos todos estas reflexões sobre os caminhos da justiça,
da paz, da estabilidade de segurança, e entendimento, para o
desenvolvimento do nosso país.
Desejo a todos os irmãos e irmãs
um Ramadão cheio de bênçãos, suplicando a Deus que aceite o nosso
jejum, a nossa caridade, as nossas orações e os nossos pedidos...
Instalando a paz e bondade nos nossos corações, nas nossas famílias
e na nossa pátria. E agradeço a todos nós a bênção do Deus e
uma tranquilidade interna para toda a Guiné, e para todos os
guineenses… Amehn.
Obs: Ainda mantém a questão da semana passada (reveja o PONTO DI MIRA nas mensagens antigas) e respoda pelo comentário ou por e-mail enviando para kandongadinoba@gmail.com
Na sua opinião, o que se deve fazer para que a Guiné-Bissau possa encontrar definitivamente o seu rumo certo?
Samba Bari
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