quarta-feira, 15 de maio de 2013

Morreu Henrique Rosa, ex-Presidente de transição da Guiné-Bissau

O ex-Presidente de transição da Guiné-Bissau Henrique Rosa morreu nesta quarta-feira (15 de Maio) aos 66 anos, depois de vários meses internado no Hospital de S. João, no Porto, disse fonte familiar à Lusa na capital guineense.

Nascido em Bafatá, Leste da Guiné-Bissau, a 18 de Janeiro de 1946, Henrique Rosa, empresário, com ligações à Igreja Católica, entrou para a política activa em 2003 como Presidente de transição, depois de o Presidente eleito, Kumba Ialá, ter sido derrubado num golpe militar.

Rosa conduziu o país até às eleições presidenciais de Julho de 2005, que deram o poder a João Bernardo “Nino” Vieira, mais tarde assassinado.

Concorreu às eleições presidenciais antecipadas de 2009 como independente e voltou a concorrer em 2012, num escrutínio do qual só se realizou a primeira volta devido a mais um golpe de Estado, a 12 de Abril do ano passado.

Filho de pai português e de mãe guineense, Henrique Rosa deixou boa imagem como Presidente de transição e conseguiu em 2009 quase um quarto dos votos, 24,19%, e resultados expressivos em Bissau. Na primeira volta das presidenciais de Março de 2012 não foi além de 5% de votos.

Foi um dos cinco candidatos que exigiram a “nulidade” da votação da primeira volta e qualificaram o processo eleitoral como “fraudulento”. Poucos dias depois, um golpe de Estado interrompeu o processo eleitoral e afastou o Governo do primeiro-ministro e também candidato presidencial Carlos Gomes Júnior e do Presidente interino, Raimundo Pereira.

O corpo do antigo dirigente guineense deve chegar no fim-de-semana a Bissau para as cerimónias fúnebres.
Lusa e Público - 15 de Maio de 2013

Sem comentários:

Enviar um comentário

ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público