sexta-feira, 7 de junho de 2013

Ramos-horta visita mercado de "Caracol" e congratula-se com a formação do novo governo

O representante especial do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, congratulou-se hoje com a formação de um novo Governo de transição e disse esperar que a comunidade internacional venha apoiar financeiramente o país.

"Felicito as autoridades de transição, todos os partidos políticos que lutaram durante meses, num diálogo intenso, com as suas diferenças, pontos de vista, mas que conseguiram chegar a um acordo. Merecem os nossos parabéns e apoios", disse Ramos- Horta, em declarações à agência Lusa, à margem de uma visita ao mercado de Caracol em  Bissau.

O representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau visitou hoje (07 de Junho) de manha, durante cerca de uma hora, o mercado de Caracol, nos subúrbios de Bissau, onde constatou as condições em que centenas de ‘bideiras' (vendedoras de legumes) trabalham.

Ainda sobre a formação do novo Governo, decretado na quinta-feira à noite pelo Presidente guineense de transição, o representante da ONU afirmou que estão criadas as condições para que a comunidade internacional avance com os "apoios concretos" à Guiné-Bissau.

"Eu acho que sim, pelo menos da parte da ONU. O Fundo para a Consolidação da Paz já vai ser ativado. Vou fazer apelo à União Africana, à CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), à União Europeia para também darem passos correspondentes a esses progressos internos", observou Ramos-Horta, apelando à União Europeia a ser mais compreensiva para com a Guiné-Bissau.

"É altura de a União Europeia rever a sua postura, sobretudo em relação à reativação de financiamentos nos setores da educação, saúde, segurança alimentar, e o mesmo se deve passar com outros parceiros da Guiné-Bissau", disse o ex-presidente de Timor-Leste.

Com a formação do novo Governo, uma das exigências da comunidade internacional, José Ramos-Horta entende que estão criadas as condições para pensar na preparação de eleições gerais que devem ter lugar ainda este ano.

"Vamos agora passar para os próximos passos, que é muito mais sério, em relação à data das eleições, para que cada partido possa concorrer com igualdade de direito e de oportunidades para alcançar os seus votos para que venha a haver um Governo democrático. Depois é passarmos para a segunda fase, que é muito importante, depois das eleições, que é a reconstrução do país, reconstrução do próprio Estado democrático", disse Ramos-Horta.
Lusa/ RSM - 07 de Junho de 2013

Sem comentários:

Enviar um comentário

ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público