quinta-feira, 15 de agosto de 2013

PJ resgata rapariga obrigada a casar-se no sul da Guiné-Bissau

A rapariga de 19 anos que tinha sido sujeita a um casamento forçado no sul da Guiné-Bissau foi resgatada na terça-feira pela Polícia Judiciária, informou hoje à agência Lusa o presidente da Liga Guineense para os Direitos Humanos.

A vítima estaria a ser obrigada pela família e pelo suposto marido a permanecer na tabanca (aldeia) de Dajabadá-Porto, onde nasceu e a 27 de julho se consumou o matrimónio, alegadamente combinado por uma tia, explicou Luís Vaz Martins, dirigente da Liga, organização que denunciou o caso.

Agentes da Polícia Judiciária deslocaram-se à tabanca na terça-feira com a missão de libertar a rapariga, mas só depois da detenção da tia é que esta revelou onde ela estava.

A jovem foi depois conduzida pela PJ para o centro de acolhimento da Associação dos Amigos da Criança, em Bissau, onde se encontra, enquanto a tia está sob custódia da PJ, referiu Luís Vaz Martins.

Para aquele responsável, "deu-se um passo importante no cumprimento da lei", mas, ainda assim, entende que "todos os envolvidos neste processo devem ser trazidos à justiça".

Para além da tia, os restantes implicados serão o marido imposto e um irmão mais velho que terá atraído a rapariga para a aldeia com um falso convite para férias.

Luís Vaz Martins entende que "a pressão popular" foi determinante para a resolução do caso e garante que a liga vai continuar a mobilizar a opinião pública "para que se acabe definitivamente com o casamento forçado na Guiné-Bissau".
RTP Noticias - 14 de Agosto de 2013

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