domingo, 29 de setembro de 2013

ESTE ANO GUINÉ-BISSAU NÃO FICOU A MARGEM DA CONFERENCIA

26 de Setembro de 2013 na 68ª Conferencia das Nações Unidas ficou registado a escuta da voz de Guiné-Bissau,  com o discurso do presidente do governo de transição na pessoa do Sr Manuel Serifo Nhamadjo... De uma forma ou de outra, marcou uma ultrapassada divergência que nos afastou da oportunidade de uso de palavra, pelo impasse de quem cabia a responsabilidade de responder pelo país.

A presença dupla do país que no ano passado foi uma história triste registado pela nossa presença na 67ª Conferencia da Nações Unidas, que motivou a mesa de Assembleia decidir nula a presença da Guiné-Bissau quanto ao uso de palavra. Ou seja a ONU deveu-se acautelar com o discurso do Nhamadjo, para evitar de uma eventual aceitação indirecta do golpe, já que a transição nasceu a margem de 12 de Abril... Se calhar um discurso do Nhamadjo na altura e nas circunstancias de disputa de duas delegações significava um reconhecimento internacional de forma tácita as autoridades de transição.
Da mesma forma também que o discurso do Raimundo Pereira não passou, acautelando acreditação de um governo já derrubado, em asilo, desligado aos problemas do país... E consequentemente evitar de acreditar em responsabilidades de quem "infelizmente" já perdeu o comando do país, para falar em nome da Guiné-Bissau.

Mas este ano e desta vez, nada disso aconteceu pois o melhor Juiz de todos os problemas é o tempo, que acabou de decidir o fim das discórdias de representatividade.
Porque afinal, de uma forma ou de outra é mais correcto permitir as autoridade de transição como atuais gestores do país, próximos do povo, responsáveis pela vida dos citadinos, assim como os garantes da reposição da legalidade perdida para falar em nome desse povo.

Não sei se fomos aceites ou que a pronunciada voz de apelo mereceu uma atenção especial para uma futura (re) analise de situação e eventuais apoios necessários e indispensáveis.
Certo é que este ano marcou uma brutal diferença do ano passado no que respeita a presença da Guiné-Bissau e a representatividade do país nas grandes conferencias anuais de todas a nações unidas do mundo.
O que temos agora de mais se preocupar é a capacidade de arrumar a nossa casa e lavar toda a roupa suja de formas a que possamos garantir as nossas futuras aparições de maneira mais legal e condigna, por onde a nossa presença seja de forma mais congregada de respeito e de legitimidade. 
Sem esquecermos de lutar para que a nossa pagina de história seja de crescente evolução positiva onde o entendimento e compreensão seja reinante nos nossos tratos diários.
Samba Bari - Licenciado em Relações Internacionais pela Universidade Lusíada de Lisboa
Nota: Leia mais analises do PONTO DI MIRA, a partir do domingo de manhã da próxima semana. Até lá 

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