sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Entrevista com o Dr. Paulo Gomes (Candidato às próximas presidenciais)


Dr. Paulo Gomes
No ciclo de entrevistas desencadeado pelo Rispito.com, ou seja, no sentido de chegar a fala com todos os nossos grandes concidadãos candidatos para as próximas presidenciais da Guiné-Bissau. 
Esta semana (16 de Outubro) o nosso entrevistado foi com o Dr. Paulo Gomes, o economista guineense e grande homem do Banco Mundial, numa conversa em audio (clica para ouvir) e escrita, que com muito prazer gostava de partilhar com todos.


(Rispito) - Como é que surgiu a sua ideia de se candidatar a presidência da republica?

(Paulo Gomes) - Uma candidatura surgida após varias conversas com actores do país no interior da Guiné-Bissau, mas também com personalidades da Diáspora, começando por questionar que em várias ocasiões que fui solicitado não aceitei embarcar-me para poder mudar as coisas.
Com a intensificação das inúmeras ondas de solidariedades não só nas redes sociais, como também as iniciativas de boa vontade somadas em vezes adicionais de confiança a volta da minha pessoa, tive que parar, pensar e ponderar. Acabei por decidir um "sim" dentro de mim, mas antes de dizer "sim" ao publico, tive que consultar a família, a minha esposa e os meus irmãos e só depois avançar com a certeza de um projecto para a Guiné-Bissau que agora apresentei o meu manifesto oficial do qual o projecto continuará a ser apresentado aos guineenses.

(Rispito) -Tem algum partido que apoia ou que pretende apoiar a sua candidatura?

(Paulo Gomes) - Não tenho... Decidi-me candidatar como independente e dar tudo de
mim para pagar a minha divida em relação ao país, com uma preocupação mais acentuado no encontrar os caminhos conducentes a unidade nacional. E para isso eu tenho que colocar-me a cima de qualquer batalha daquela dos partidos, porque essa Guiné-Bissau precisa de ser unida, de quebrar a progressão das eventuais divisões de carater étnicas e religiosas. Mas isso é preciso que seja com um presidente que não esteja envolvidos em guerras partidárias que consiga desempenhar num arbitro, que poderá ser um elemento neutro para reconciliar esse país. Por isso é que eu penso não seja compatível concorrer na base de um partido politico.

(Rispito) - Tem um segredo ou uma mensagem em especial convincente para cativar o voto popular?

(Paulo Gomes) - Sim. Há um factor demográfico importante na Guiné-Bissau nos últimos 40 anos, a supremacia da juventude, dos homens e das mulheres, a capacidade deles, quer no centro urbano como no mundo rural e nas cidades segundarias de aspirarem para mudança. Porque a estatística das ultimas eleições mostraram claramente  mais de 40% de abstenção. Mais nos próximos tempos, vai-se poder reparar que no próximo senso haverá um processo de recenseamento, onde os jovens e as mulheres vão-se recenseando massivamente, o que vais aumentar significativamente a função da população com consciência e a vontade de votar e de mudar.

(Rispito) - Há quem diga que as caras aparecem, as esperanças se renovam, mas as decepções continuam a desacreditar a politica e os políticos do país... Tem alguma diferença a marcar nesse jogo de suspeitas?

(Paulo Gomes) - É como sempre disse que eu não estou-me a posicionar como um candidato melhor do que os outros. Eu acho que os candidatos tais como o Tcherno Djaló e o Hélder Vaz por exemplo, são patriotas dos quais acho que vão contribuir em enriquecer o capital politico desse pais.
Quanto a mim, a minha experiência de gestão publica, nomeadamente da administração do  Banco Mundial, mas também de varias áreas com mais de seis anos de experiência
privadas com negocio que eu criei em vários países. Da minha experiência Bancária privada internacional, comercial e varias instituições que eu criei com a Ásia. Portanto tenho muita experiência com o sector publico, uma experiência multilateral importante nomeadamente em Washington assim como experiência de sector privado africano, panafricano internacional.
Isso tudo demonstra uma vantagem competitiva importante que se pode usar no quadro de uma magistratura  de influencia que poderá fazer uma diferença para mudar o rumo do país.

(Rispito) - Qual será a sua prioridade

(Paulo Gomes) - Quero priorizar com a educação, o que tenho consciência que custará muito dinheiro mas eu vou relançar a economia muito rapidamente para poder financiar a minha prioridade numero um, que é a educação. Seguido de familiarização dos activos que conhecemos, nomeadamente activo agricolo, marítimo e ambiental são todos os activos que eu vou colocar em serviço da educação por ser a prioridade máxima porque uma nação constrói-se com um avanço inteligente e significativo apenas transformando a mente educando essa população.

(Rispito) - Se for escolhido como presidente da republica consegue ser o garante da estabilidade e o poder de conduzir o país para uma verdadeira estabilidade?

(Paulo Gomes) - Antes de mais para garantir a estabilidade é preciso ser pessoa isenta, limpa sem conotações comprometedoras nas tomadas de decisão como chefe de estado. Mas também saber usar moderação e flexibilidade no sentido de conseguir efectuar uma reforma profunda no sector da defesa e segurança como elementos importantes de estabilidade. Também sei onde buscar esse recurso para poder tornar essa reforma sustentável sem que as individualidades sujeitas as tais reformas estejam com preocupações em relação ao futuro deles.

(Rispito) - O nome da Guiné-Bissau está com uma nódoa muito grande no que respeita a questão droga até no ponto de quererem designar o pais de narco-estado. Uma questão que está afectar muito a nossa imagem externa e desacreditar até a nossa diplomacia... Que soluções?

(Paulo Gomes) - Eu na minha pessoa em si não me pactuo com narcotraficante, pelo que vou usar a minha própria imagem, a minha determinação de ser um actor honesto que é
para poder lutar contra essa má imagem que também é por vezes um pouco exagerado o que coloca quase a 80% da população nessa nódoa de droga e eu penso que toda a gente sabe que não é... Mas isso não importa, o mais importante é de criar mecanismos para que a economia possa crescer, para que possa existir alternativas para os jovens. Dai no que respeita a esse flagelo conjuntural, com a colaboração regional podemos em conjunto e com mãos dadas lutar para banir esse problemas de droga não só na Guiné-Bissau mas toda a região.

(Rispito) - Estando na presidência da republica, consegue ter um coração suficiente de aturar tanta pressão politica e social durante os 5 anos de mandato?

(Paulo Gomes) - Sim, porque isso é um trabalho da equipa... O pior é de pensar em poder atacar esse grande desafio sozinho, Uma pessoa pode é ser humilde para se rodear de pessoas competentes e honestos.
Mas também a pressão é um aspecto útil para inovação, pois no Banco Mundial tinha uma pressão de quase dez anos onde tinha uma pasta mais alargada de pressão permanente de vinte e cinco países ao nível mais alto dos chefes de estado...Por alem da reforma institucional e organizativa da instituição, consegui com capacidade e êxito de fazer face a esse desafio que foi um trabalho da equipa mas também provando uma grande responsabilidade a nível pessoal para as decisões que eram tomadas.
Portanto, eu penso que utilizando o mesmo método tendo em conta também as características especificas da nossa não, penso poder fazer face aos grandes desafios ao meu país que neste momento atingiu uma profundidade que é preciso sairmos para o bem da geração vindoura.

(Rispito) - Quanto a Diáspora, quadros dispersos e todo o recurso humano necessário fora do país. Qual será a sua estratégia politica de migração e no intensivo para captação dos intelectuais necessários?

(Paulo Gomes) - Primeiro é dialogar com eles, apresentar a oportunidade de criar um ambiente propicio para confiança... Por isso que a partir do meados do mês de Novembro estarei em Londres e vou-me desencadear uma viagem a vários pontos de grandes concentrações da nossa comunidade, para apresentar todo o meu programa e da forma como penso utilizar essa magistratura de influencia, para lhes demonstrar as capacidades e os meios que eles têm para solucionar esse país. Porque para alem dos jovens se conseguirmos trazer as grandes experiências da nossa forte comunidade na Diáspora não tenho dúvidas que  muito rapidamente poderemos transformar esse país e fazê-lo andar para frente.

(Rispito) - Microfone ao seu dispor para ultimas palavras

(Paulo Gomes) - É um prazer dialogar com um actor da Diáspora, nesse caso o espaço de informação e noticias (RISPITO) que é ouvido e consultado, com certeza de isso poder facilitar em muito na oportunidade de eu poder apresentar as minhas ideias. Pois isso ainda é só o inicio, já que temos alguns meses em frente para o inicio dessa verdadeira campanha, tenho certeza de poder voltar muitas vezes a esse espaço e agradeço essa oportunidade.

Rispito deseja que a Guiné-Bissau ganhe nas próximas eleições contudo se essa vitória é com o Dr. Paulo Gomes na presidência da republica desde já o espaço lhe deseja toda a sorte nas próximas eleições e da mesma forma desejar uma boa presidência se for o caso.

3 comentários:

  1. O Dr. Paulo Gomes têm o perfil mais adequado para presidir o destino da Guiné. Um homem respeitado pelo mundo. Com o Paulo Gomes na Presidencia da Guiné, é a esperança que nasce de novo.

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  2. Parança Deus Guiné tene 5 fidjos suma Paulo Gomes. Guiné ka na sta ba na é situaçom!
    Pa Deus dal puder pa i seka yagu na udjus di padidas, i frianta elis corçom.

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  3. Espero que desta vez OS GUINEENSES OLHEM PELA QUALIDADE E EXPERIENCIA QUE MARCA NAS PESSOAS QUE OFERECERAM A SUA VONTADE CONDUZIR O PAIS PARA UM DESTINO MELHOR;

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