terça-feira, 13 de maio de 2014

UE promete levantar sanções após posse de governo na Guiné-Bissau


Revelação foi feita à Rádio ONU pelo presidente da Comissão das Nações Unidas para a Consolidação da Paz; embaixador do Brasil, que lidera o grupo, fala de "arregaçar mangas e trabalhar" com o país.
A União Europeia anunciou que poderá levantar sanções impostas à Guiné-Bissau após a tomada de posse do governo legítimo saído das últimas eleições.

As declarações foram feitas à Rádio ONU, em Nova Iorque, pelo presidente da Comissão das Nações Unidas para a Consolidação da Paz, PBC, Antonio Patriota. O embaixador do Brasil junto das Nações Unidas lidera o grupo de países.

Após o encontro, realizado nesta segunda-feira, o diplomata disse ter sido expresso um espírito de otimismo da comissão em relação à corrida para as presidenciais guineenses previstas para os próximos cinco dias.

"Não há porque se imaginar que transcorra de outra forma. Pelo que pude identificar, a ideia é arregaçar as mangas e trabalhar com a Guiné-Bissau dentro de um novo espírito. Houve também manifestações da União Europeia assim que estiver no poder o novo governo legítimo eles vão suspender as sanções. São manifestações que nos levam a um certo otimismo com relação ao ambiente pós-eleitoral", frisou.

A segunda volta das eleições presidenciais guineenses coloca frente-a-frente o concorrente Nuno Nabian pelo PRS, e José Mário Vaz, candidato do Paigc.

Na qualidade de presidente do grupo de países, Patriota disse que a declaração ilustra a expectativa positiva da comunidade internacional perante o momento eleitoral e pós-eleitoral.

"As manifestações dos Estados-membros foram todas positivas no sentido de comprometerem a examinar formas de promover uma cooperação intensificada e também de se organizar uma conferência de doadores, possivelmente no segundo semestre. O evento deve decorrer não no espírito de mais uma conferência de doadores sem um engajamento especial. Os desafios são bem conhecidos tanto na área de segurança como na área do desenvolvimento económico, social e institucional," declarou.

Após o golpe de Estado de 2012, o bloco europeu impôs uma série de medidas restritivas a mais de 20 guineenses, que considerou estar a "ameaçar a paz, a segurança e a estabilidade da Guiné-Bissau".
Radio ONU 13 deMaio de 2014

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