quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Ébola: laboratório móvel vai ser enviado para a Guiné-Bissau

Image result for ebolaO laboratório móvel que ajudará a despistar eventuais casos suspeitos de ébola na Guiné-Bissau já está pronto e metido em contentores do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Portugal tinha prometido montar um laboratório deste tipo naquele país, para o ajudar contra uma eventual epidemia de ébola, e ainda colaborar na formação de profissionais de saúde daquele país.


O Governo português tem vindo a colaborar com o da Guiné-Bissau, “no âmbito da prevenção e resposta para uma situação de catástrofe natural ou de emergência de saúde pública, nomeadamente para a doença por vírus ébola”, explica a Direcção-Geral da Saúde (DGS), em comunicado.

Promovida pelo Instituto Camões e conduzida em parceria com a Organização Mundial de Saúde, a DGS, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), a iniciativa pretende concretizar no terreno “uma resposta coordenada e integrada em estreita colaboração com as autoridades de saúde da Guiné-Bissau, no âmbito da prevenção e controlo do surto da doença por vírus ébola”, explica a DGS. O apoio implica ainda "a mobilização de recursos humanos e materiais, tendo como principais objectivos promover formação local aos profissionais sobre a doença", acrescenta.

O apoio português tinha sido anunciado no final de 2014 pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, que adiantou então que a contribuição portuguesa para o laboratório móvel de análises e despistagem (com uma equipa de treino) ascendia a 550 mil euros. “O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) irá contribuir com uma ajuda de 550.000 euros destinada a financiar a instalação de um laboratório móvel para o diagnóstico de infecções”, especificou então o ministro numa conferência de imprensa.

Um novo surto vírus do ébola surgiu no sul da Guiné-Conacri há cerca de um ano e, em poucos meses, alastrou-se para a Libéria e a Serra Leoa provocando uma epidemia sem precedentes. A doença causa uma febre hemorrágica e mata uma percentagem elevada dos doentes. Na Guiné-Bissau não houve casos de ébola, mas todo o leste e sul deste país lusófono faz fronteira com a Guiné-Conacri, pelo que está assim particularmente exposto.

Bissau chegou mesmo a enviar um pedido oficial de ajuda ao Governo português para ajudar a combater uma possível infecção. “O apoio solicitado compreendia várias possibilidades: a instalação de uma unidade ambulatória ou o laboratório móvel”, explicou na altura o ministro da Saúde Paulo Macedo. “A nossa opção concreta foi disponibilizar um laboratório e uma equipa para fazer formação”, disse, notando que este equipamento diminui a possibilidade de uma má despistagem de casos de ébola e, ao mesmo tempo, permite uma resposta coordenada e adequada se surgir um caso positivo.
Público, 25 de Fev de 2015

Sem comentários:

Enviar um comentário

ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público