quarta-feira, 10 de junho de 2015

LGDH defende que qualquer iniciativa de Amnistia deve ser avaliada

Image result for Augusto Mário da Silva guine bissaunovo Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) defendeu que a qualquer iniciativa de reconciliação nacional tem que ser avaliada dentro do processo de reconciliação nacional, tendo como sempre princípio a justiça, a compensação das vítimas, a verdade, a preservação da memória futura e não recorrência a outro tipo de crime.
Durante a cerimónia da sua tomada de posse, que teve lugar esta terça-feira, 9 de Junho, em Bissau, Augusto Mário da Silva disse que a direcção que agora lidera vai defender «intransigentemente» a integração da dimensão da justiça no processo de reconciliação nacional no país sob a orientação da Assembleia Nacional Popular. 
Por outro lado, o responsável disse congratular-se com as novas autoridades nacionais saídas das eleições Gerais do ano passado, que têm manifestamente contribuído para a recuperação progressiva da credibilidade externa da Guiné-Bissau, sendo uma elevação, ainda que tímida, do nível de confiança dos cidadãos nas autoridades, o que aumenta o sentimento de segurança. 
«A Guiné-Bissau regista neste momento uma relativa estabilidade social», disse Mário da Silva. Apesar desta situação, o Presidente da LGDH sublinhou que esta estabilidade social a que fez referência ainda repousa sobre as conquistas provisórias. No entanto disse que, se as reformas do Estado nos sectores de defesa, segurança e a justiça não forem levadas a cabo com brevidade, os progressos até ali conquistados podem transformar-se em mais uma das tentativas de estabilizar o país que nos últimos 16 anos terminaram em avanços e recuos. 
Em termos políticos o Presidente da LIGH sugeriu que é urgente a criação de um Pacto de Convergência Política entre os titulares dos órgãos de soberania para garantir a estabilidade governativa e, consequentemente, a conclusão dos mandatos dos Governos e Presidentes da Republica que desde 1994 continua a ser objectivo em si e não uma decorrência natural do exercício democrático. 
O responsável falou também da necessidade de um combate sem reservas à corrupção generalizada e a impunidade institucionalizada, acreditando que só assim se pode elevar o índice de boa governação e consequentemente o nível de vida da população guineense. Sobre os próximos quatro anos do seu mandato, Mário da Silva disse ter elegido a preservação dos sucessos alcançados nos últimos anos e a conquista de novas etapas na consolidação do Estado do direito da Guiné-Bissau. 
Na cerimónia estiveram presentes os antigos Presidentes da LGDH, Fernando Gomes, Luís Vaz Martins, Procurador-geral da República, Presidente do Tribunal de Contas, alguns membros do Governo e um representante do Chefe do Gabinete Integrado das Nações Unidas para Consolidação da Paz na Guiné-Bissau.
PNN, 10 de Junho de 2015

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