Baciro Dja acaba de ser nomeado PM da Guiné-Bissau
José Mário Vaz acaba de nomear Baciro Dja num decreto presidencial como novo Primeiro Ministro.Neste momento o Palácio da Republica da Guiné-Bissau está ferro e fogo jovens atirando pedras garrafas incendiando pneus contra o Decreto Presidêncial que nomeia Baciro Dja como Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau.
As foras da segurança detiveram vários jovens e o correspondente do Rispito.com está neste momento num cantinho a espreitar toda a turbulência e episodio que marca a atualidade no país.
A. Keita
ResponderEliminarOs Governos constituídos na Guiné-Bissau no nosso passado bem recente, na base de MAIORIAS ABSOLUTAS EX POST eleição, criadas pelos ARRANJOS conseguidos via recurso aos JOGOS DE DISSIDÊNCIA, nunca foram capazes de instituir e instalar uma governação estável. Os exemplos dos casos tidos na VI e VII legislaturas falam por si, indicando apenas estes.
Foram no caso da primeira, a VI legislatura, os seguintes: 2º, 3º e 4º Governos do PRS e/ou do então PR Koumba Yalá. Nenhum conseguiu safar 12 meses de governação no posto. Não obstante dos seus ARRANJOS e tudo mais. Demitidos todos.
O 1º fora de outra natureza. Tinha sido constituído na base do respeito dos princípios B-A-BA da democracia liberal. Um Governo de Coligação PRS e RGB/MB. Foi estragado após 7 meses e 17 dias de exercício pelas interferências do Presidente Koumba (Perguntem o Sr. Hélder Vaz).
Criou-se após tudo o 5º, o verdadeiro Governo do Presidente Koumba. Da iniciativa presidencial. Findou-se após 10 meses e 14 dias de exercício no Golpe de Estado militar de 14 de Setembro de 2003. Presidente Koumba nunca mais pôde tornar-se Presidente. Acabou.
Enquanto a VII legislatura, viu-se suceder: o 1° Governo Minoritário do PAIGC dirigido pelo CADOGO Jr. (tinha maioria relativa de 45 mandatos sobre 100); 2º dito de “Fórum” e 3º dito de “Pacto”. Todos formados na base de ARRANJOS conseguidos via recurso aos JOGOS DE DISSIDÊNCIA. Às escondidas no primeiro caso e às abertas no segundo e terceiro. Governaram com uma permanência média de 13 meses cada. Todos demitidos pelo Presidente ou censurados pelo parlamento.
O 4º foi de iniciativa presidencial do então Sr. General Presidente Nino. Esteve apenas 4 meses no leme. Veio as eleições. Ganhas então pelo PAIGC esta vez com uma maioria absoluta de 67 mandatos sobre 100. Mas ai, não foi suficiente para acabar com o mal de instabilidade e tudo mais tendo sido já tão semeado com tantas JOGADAS DE DISSIDÊNCIA e sei lá o que ainda. As tensões acumuladas na legislatura descarregaram-se no início da outra, seguinte, a VIII. Dois meses e pico após seu arranque, nas catástrofes dos dias 01/02 de Março de 2009. Non comment.
Mas como não se aprendeu nada, está-se a assistir as mesmas e idênticas cenas rek! JOGADAS DE DISSIDÊNCIA; criação de ARRANJOS e MAIORIAS ABSOLUTAS EX POST eleição, INSTABILIDADE SEM PARAR. É a fórmula. Também no anunciado pelo presente decreto. Repetição, se faz assim por interesses mesquinhos desde já há 21 anos. Nada de novo. Tristeza.
Obrigado e boa sorte a todos nós bissau-guineenses (Mulheres e Homens).
Rezemos para que a tranquilidade, paz e estabilidade governativa se instale neste nosso querido país do povo bom, a Guiné-Bissau.
Amizade.
A. Keita
P.S.: Este presente Governo todavia, começa com uma “inovação”, nunca registado no passado no nosso país em casos semelhantes. Começa com o derramamento de sangue. Estou triste. Muito chocado e triste. Profundamente, triste.