Dr. JOSÉ MÁRIO VAZ;
EXCELÊNCIA SENHORA PRIMEIRA-DAMA
DONA ROSA GoodDjaby VAZ;
EXCELÊNCIAS, DISTINTOS CONSELHEIROS;
CAROS COLEGAS DIRIGENTES DAS ORGANIZAÇOES DA SOCIEDADE
CIVIL;
MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES;
Permitam-me na qualidade do Presidente do Movimento Nacional da Sociedade
Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, saudar Sua Excelência Senhor
Presidente da Republica, assim como a sua Esposa Dona Rosa GoodDjaby Vaz, e osconselheiros
em geral, desejando votos sinceros de saúde, longa vida e muitos sucessos neste
ano de 2017 no desempenho das funções do 1º Magistrado da Nação.
Excelência Senhor Presidente da República
O ano 2016 foi, certamente, um ano de muitas lições e aprendizagem no
processo de consolidação do Estado de Direito Democrático. O facto de que a
legislatura até aqui não foi interrompida por métodos violentos como tem sido
no passado, é uma conquista que merece ser realçada.
Porém, não podemos negar, que o ano 2016, foi igualmente um ano de imensas
dificuldades para as famílias e o povo da Guiné-Bissau em geral, nomeadamente
no capítulo de acesso aos serviços sociais de base, educação e saúde em
particular, emprego e a paz social. Essas dificuldades foram agravadas pela
persistente crise política e institucional que tem fragmentado a sociedade e
fragilizando as instituições sociais.
O mais grave é que muitos factores desta crise são estruturais e conhecidos
há muitos anospor grande parte dos nossos cidadãos e pelos responsáveis
políticos, mas até aqui, muito pouco tem sido feito para atacar e solucionar
estes problemas de forma durável. Por muito urgente que seja,é resolver os
problemas imediatos e circunstanciais, não nos podemos deixar esgotar neles,
porque isso diminui a nossa capacidade de actuação. Uma das razões porque
chegamos à situação em que estamos foi a falta de sustentabilidade e de uma
visão de longo prazo no momento de tomar decisões ou fazer escolhas,comprometendo
o futuro.
EXCELÊNCIA SENHOR PRESIDENTE DA
REPUBLICA;
ILUSTRES CONSELHEIROS;
MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES;
Não é segredo para ninguém que o nosso país enfrenta graves dificuldades e
não vai ser fácil ultrapassá-las. Porém, o mais grave do que os nossos
problemas é a sua longa persistência e a sua repetição cíclica, fazendo disso
uma constante histórica. Reconhecer isso é a primeira condição de uma análise
eficaz e de um agir consequente.
As ameaças de um mundo cada vez mais globalizado para Estados frágeis como
a Guiné-Bissau são evidentes e devem constituir uma preocupação de todos, mas
sobretudo daqueles que governam e têm a obrigação de criar as condições
necessárias para que os riscos desta globalização, sobretudo para os mais
pobres possam ser menores. Referimo-nos aos riscos tais como a falta de acesso
a alimentação de qualidade, a escassez de água potável, as mudanças climáticas
e o seu impacto na segurança alimentar, o desemprego, o terrorismo, o
crescimento demográfico galopante, de entre os outros riscos.
Conhecendo estes riscos cabe-nos a nós todos encará-los de frente, dando-lhes
prioridades,mais do que quaisquer outros problemas. Este momento exige muita
lucidez, mas também, um alto sentido de responsabilidade social e
comprometimento com a Nação.
Excelência Senhor Presidente da República;
A sociedade civil, não querer retirar do seu ombro as responsabilidades que
lhe cabe na luta para a melhoria deste clima de instabilidade política, mas
sobretudo para a criação do bem-estar social para as populações. Os actores da
sociedade civil por estarem perto do cidadão conhecem bem os seus problemas, os
anseios e seus receios e tem plena consciência da desilusão que neste momento paira
no seu espírito colectivo.
Excelência Senhor Presidente da
República
Temos consciência que compete aos responsáveis políticos definir, seguir e
avaliar as políticas públicas assim como zelar com que ao cidadão é-lhe
respeitado os seus direitos, mas o dever de renovar e fortificar a democracia
dando-lhe mais conteúdo e maior estimulo, não pertence apenas aos responsáveis
políticos, também a sociedade civil e os cidadãos em geral, tem de assumir esse
dever como seu.
Excelência Senhor Presidente da
República;
Estamos conscientes, que ao longo de décadas, cada Presidente que exerceu a
magistratura presidencial, viveu momentos complexos e enfrentou provas
difíceis, embora em épocas distintas. Sabemos, que este momento, nos revela que
o Presidente da República tem uma voz e um papel insubstituível, que quando são
activa e efectivamente usados podem e devem dar um contributo decisivo para a
resolução dos imensos problemas que vivemos.
Excelência Senhor Presidente da
República;
Por ser o 1º Magistrado na Nação cabe à Sua Excelência pilotar o barco
desta grande Terra de Cabral ao bom porto, nesse sentido, e naturalmente deve o
ser o 1º grande interessado em chegar a esse porto com todo o seu povo e nas
melhores condições. Por isso, é frequente o nome de Sua Excelência ser
mencionado e referido neste processo, estamos seguros que muitas vezes
injustamente, outras vezes talvez apenas como grito de desespero e angústia da
população e, outras vezes, como sinal de alerta sobre a situação e as
dificuldade que o país enfrenta.
Nesta base, Sua Excelência, enquanto organizações da sociedade civil,
actores fundamentais na construção do Estado de direito democrático, o que
queremos solicitar e rogar, acima de tudo, é que Vossa Excelência se posicione
de forma transcendental, construindo compromissos necessários, os acordos
duradouros, os consensos sólidos, os pactos de regime favorecendo a coesão
nacional que a gravidade desta hora exige.
EXCELÊNCIA SENHOR PRESIDENTE DA REPUBLICA;
ILUSTRES CONSELHEIROS;
MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES;
Apesar do muito que está mal no país, há também muitas coisas que estão bem
e de que é justo que nos orgulhemos.
O nosso país é hoje um país diferente e muito melhor de que era em 1974.
Sejamos justos: quantos quadros jovens bem formados a trabalharem em lugares-chave
dentro e fora do país, há trabalhadores que apesar do magro salário, são um
exemplo de dedicação, ao nível de segurança interna o nosso país é dos mais
tranquilos e seguros da nossa sub-região, na música os nossos artistas dão
carta dentro e fora do país, no desporto, a nossa selecção nacional é um
exemplo de sucesso, embora conhecendo as condições difíceis que enfrentam. Tudo
isto foi possível graças ao esforço de todos, dos que governam, dos governados
e do povo em geral. O que precisamos é fazer dessa Excelência uma marca
colectiva e não apenas uma distinção individual.
Excelência Senhor Presidente da República;
Esta crise que vivemos é uma crise que exige de todos nós mais do que
porventura estamos a dar até aqui. Hoje mais do que nunca, a Guiné-Bissau
precisa de um projecto comum com valores comuns, a reconciliação nacional deve
ser uma das prioridades para os próximos tempos para que definitivamente, os guineenses
consigam enterrar o machado de guerra e abraçar o desenvolvimento económico e o
bem-estar social para o seu merecido povo.
EXCELÊNCIA SENHOR PRESIDENTE DA
REPUBLICA;
ILUSTRES CONSELHEIROS;
MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES;
Antes de terminar, permitam-me deixar uma palavra de apreço e de
reconhecimento aos antigos combatentes e aos heróis da luta de libertação
nacional, sem eles não estaríamos hoje neste palácio, a eles devemos honra e
orgulho.
Viva a Guiné-Bissau
Viva a unidade entre os guineenses
Viva a juventude e as mulheres da Guiné
Viva a Democracia!
FORTE MENSAGEM! ME EMOCIOUNOU TANTO E AJUDOU-ME A PENSAR EM TRABALHAR MAIS PARA O BEM DA NOSSA QUERIDA NAÇÃO.
ResponderEliminarVIVA GUINÉ BISSAU!