Polícia dispersa grupo que tentou perturbar início da convenção do PAIGC em Bissau
A primeira convenção nacional do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) teve hoje início em Bissau sob forte medidas de segurança, depois de a polícia ter dispersado um grupo que tentou perturbar o encontro.
«Um grupo de jovens tentou perturbar e foi repelido pela Polícia de Ordem Pública (POP)», disse fonte da organização da convenção nacional do PAIGC, maior formação política da Guiné-Bissau.
Segundo a mesma fonte, o PAIGC já tinha informado as forças de segurança guineenses e a Ecomib, força de interposição da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) destacada em Bissau, sobre a realização da convenção.
«Está tudo calmo e a convenção está a decorrer com normalidade», acrescentou a fonte.
Junto à sede do PAIGC, situada na Praça dos Heróis Nacionais ao lado da Presidência guineense, permanece um forte dispositivo de segurança, que está a condicionar a circulação de veículos naquela rotunda, no centro da capital guineense.
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) iniciou hoje a sua primeira convenção nacional sob o lema «Pensar, para melhor agir».
Entre hoje e sábado, 600 delegados do partido vão debater temas que incluem os princípios e fundamentos ideológicos do PAIGC, os estatutos do partido, o papel dos jovens e das mulheres, a corrupção no país e o melhor regime político para a Guiné-Bissau.
A primeira convenção nacional do PAIGC ocorre num momento em que o país vive um impasse político há cerca de dois anos, com a paralisação do parlamento, na sequência da dissidência de mais de uma dezena de deputados deste partido.
Analistas defendem que apesar de não ser um evento deliberativo, terá algum peso na dinâmica interna do PAIGC, podendo reforçar a liderança de Domingos Simões Pereira.
“As convenções são feitas para reduzir a carga do próximo congresso e é o que o PAIGC está a fazer: preparar o próximo congresso para que não seja uma reunião em que a situação possa tomar rumos não desejáveis, tanto assim que é legítimo que a actual liderança se prepare para sair vitoriosa no congresso e preparar o partido para as eleições”, diz o jurista Suleimane Cassamá.
Por seu lado, na leitura do analista político Augusto Nhaga “a convenção devia ser mais um expediente para aproximar as partes e não um instrumento de confirmação de expulsão dos outros”.
Neste contexto, Nhaga considera que a convenção “não vai trazer nada de novo, se não, a confirmação da disputa interna dentro do partido”.
A convenção termina no sábado, 24.
Analistas defendem que apesar de não ser um evento deliberativo, terá algum peso na dinâmica interna do PAIGC, podendo reforçar a liderança de Domingos Simões Pereira.
“As convenções são feitas para reduzir a carga do próximo congresso e é o que o PAIGC está a fazer: preparar o próximo congresso para que não seja uma reunião em que a situação possa tomar rumos não desejáveis, tanto assim que é legítimo que a actual liderança se prepare para sair vitoriosa no congresso e preparar o partido para as eleições”, diz o jurista Suleimane Cassamá.
Por seu lado, na leitura do analista político Augusto Nhaga “a convenção devia ser mais um expediente para aproximar as partes e não um instrumento de confirmação de expulsão dos outros”.
Neste contexto, Nhaga considera que a convenção “não vai trazer nada de novo, se não, a confirmação da disputa interna dentro do partido”.
A convenção termina no sábado, 24.
O Governo do PAIGC saído das eleições de 2014 caiu na sequência da demissão de Domingos Simões Pereira do cargo de primeiro-ministro e desde então o país já teve cinco chefes de Governo, numa crise que está a ser mediada pela CEDEAO.
Rispito.com/Lusa/VOA, 22/06/2017
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