quarta-feira, 23 de agosto de 2017

EUA afirmam que impasse político deve ser resolvido pelos guineenses

O novo embaixador dos Estados Unidos para a Guiné-Bissau, Tulinabo Mushingi, disse nesta terça-feira que o “ status quo” é " simplesmente inaceitável", referindo-se ao impasse político no país e defendeu que o assunto deve ser resolvido pelos guineenses.
" Ouvi dizer que a Guiné-Bissau se encontra num impasse devido à situação política. Sendo assim, o "status quo" é simplesmente inaceitável, todos nós, todos vós, todo o povo da Guiné-Bissau, todos os actores devem fazer alguma coisa para sair desta situação", afirmou o embaixador dos Estados Unidos, que está baseado no Senegal, num encontro com os jornalistas.
Para Tulinabo Mushingi, os " actuais líderes devem tomar prontamente medidas que promovam o consenso e permitam a criação de um Governo inclusivo".
" Líderes políticos de todas as alas devem priorizar os interesses nacionais e encontrar uma solução para a crise actual", afirmou.
Questionado sobre se os EUA já não defendem a aplicação do Acordo de Conacri para ultrapassar o impasse político no país, o embaixador disse que isso " não é segredo".
" O que estou a dizer é que há um impasse político. E os guineenses é que devem decidir o que vão fazer. Não cabe aos EUA impor um acordo aqui. É para os guineenses decidirem", afirmou.
Em Junho, a embaixadora interina dos EUA Martina Boustani defendeu que os acordos de Bissau e de Conacri "representam a melhor forma para a saída do impasse político do país".
" Vimos que o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) já iniciou o processo de reintegração dos 15 dissidentes, uma das cláusulas do Acordo de Conacri. Aguardamos a nomeação de um primeiro-ministro de consenso pelo Presidente Vaz (José Mário Vaz), seguido de um Governo inclusivo", afirmou.
A embaixadora interina sublinhou também que todas as partes podem contar com o apoio dos Estados Unidos " através das Nações Unidas e da CEDEAO, na medida em que implementem aqueles acordos".
O novo embaixador dos Estados Unidos, que esteve até agora no Burkina-Faso, entregou as cartas credenciais ao Presidente da Guiné-Bissau.
O Acordo de Conacri, patrocinado CEDEAO, prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do Chefe de Estado, entre outros pontos.
O actual Governo da Guiné-Bissau, de iniciativa presidencial, não tem o apoio do partido que ganhou as eleições com maioria absoluta e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem a um consenso para a aplicação do Acordo de Conacri.
Rispito.com/Lusa, 23-08-2017

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