domingo, 3 de dezembro de 2017

CEDEAO insiste no cumprimento do Acordo de Conacri

MNE Togoles - Robert Dussey
Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental manifesta "profunda preocupação" com a crise e salienta que o tempo pedido pelo Presidente José Mário Vaz para ultrapassar o impasse político não teve resultados.

"A delegação constatou que os três meses acordados com as autoridades guineenses, durante a cimeira de Monróvia, em Junho de 2017, para realizar consultas internas com vista a uma solução consensual para a crise terminaram a 7 de Setembro, sem resultado, e que o compromisso das autoridades guineenses de apresentarem um plano para a saída da crise não foi respeitado", afirmou o chefe da diplomacia do Togo, Robert Dussey, numa declaração à imprensa, este domingo (03.12).

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Togo, país que assume a presidência rotativa da CEDEAO, chefia uma missão que esteve em Bissau neste fim de semana para contactos com os intervenientes na crise política do país, e avaliar a aplicação dos acordos de Conacri e Bissau.

Na declaração à imprensa, o ministro togolês insistiu na "necessidade urgente" de as "partes interessadas" trabalharem para a implementação dos acordos de Bissau e de Conacri e exortou para a necessidade de serem respeitadas as "liberdades públicas, nomeadamente os direitos de manifestação pacífica".

Na declaração deste domingo, a missão de avaliação da CEDEAO "convoca todos os líderes políticos da Guiné-Bissau, incluindo o Presidente da República, o presidente da Assembleia Nacional e os dirigentes dos partidos políticos, a mostrarem sentido de Estado e de responsabilidade e a respeitarem a Constituição do país com vista a uma solução do atual impasse político, que está a comprometer os esforços para a consolidação da paz".
A missão sublinhou também a importância de serem organizadas "eleições livres, justas e credíveis no prazo previsto pela Constituição" e que sejam criadas as condições para a realização de eleições legislativas em 2018.

A missão advertiu que "reserva a decisão relativa à aplicação de sanções coletivas e individuais e manutenção ou saída das forças da Ecomib" para a cimeira da CEDEAO.
A missão felicitou ainda as forças de defesa e segurança pela "posição de neutralidade" que têm tido em relação à crise política no país. 

O relatório vai ser apresentado nas próximas reuniões estatuárias da organização, que se vão realizar em Abuja, Nigéria, entre 12 e 16 de Dezembro de 2017.
Rispito.com/DW, 03-12-2017

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