domingo, 31 de dezembro de 2017

MENSAGEM DO FIM E COMEÇO DO ANO 2017/18

Estimados irmãos e caros compatriotas
Terminamos mais um ano com vida e prontos para reacender as chamas de luta contra os desafios desse novo ano a começar. Mas antes agradecemos ao nosso criador por tudo que nos aconteceu mas que felizmente conseguimos enfrentar e superar.

Prova disso, aqui estamos outra vez para mais um momento de renovar os nossos desejos, de alimentar as nossas esperanças e de esperar o que o destino nos aguarda.

Cada etapa que conseguirmos atingir é mais um renascer de esperança que nos invade, e em cada momento que acordarmos a respirar  com saúde é mais uma oportunidade que ganhamos para servir, mas tambem ótima oportunidade de eliminar tudo que já não traz felicidade para nossas vidas, como melhor forma de criarmos mais espaço no nosso coração para saborear novas alegrias.

Queridos irmaos
Na conjuntura mundial, cada país enfrenta dificuldades e obstáculos constantes, onde o poder de gerir cada situação  e na demonstração da capacidade intelectual dos seus dirigentes marca diferença entre estados
Seja como for, cada cidadão se preocupa com o seu país ou seu povo, como é o meu caso em relação a Guiné-Bissau.
País onde chegamos mais um fim de ano com incertezas... E mais um novo ano com esperança adiada. A mesma rotina que fomos habituados ultimamente, não por mérito, mas pelo que se pode chamar de incompetência comprovada dos nossos compatriotas que se auto-proclamam de poderosos experientes na administração da coisa publica ou de serem garantes de estabilidade e que assumem de profissão como políticos.

Estamos outra vez, perante um ano novo sem vermos revertido a fadiga da instabilidade que data de longe, criada num sistema de sucessões de desentendimento, o mais grave é, de estarmos a ver cada vez mais enfraquecida a capacidade do nosso presidente da republica em conter as ondas do desentendimento nem de garantir o normal funcionamento das insdtituições.

Infelizmente, hoje mais do que nunca, não podemos esconder o mal estar em que a nossa querida Guiné-Bissau se encontra... num cenário de crise tão longo nunca antes vista na história politica do país, onde o nosso garante da estabilidade está abalado com desentendimentos, sem ideias acertadas de conter o mal estar nem pistas de controlar a profunda divisão instalada na classe politica, social e em todos os aspetos da vida nacional.
O poder e a influencia presidencial se depara com fracassos constantes, onde todas estratégias usadas se dão por erradas e todas as tentativas do Presidente da Republica se revela na mera ineficácia.
Ainda agravada com a internacionalização da incapacidade do entendimento interno, do socorro e da ajuda solicitada à organização sub-regional, CEDEAO, tem resultado em mais divisões do que certezas. Com tensões, incertezas, disparidades, rigidez e ultimatos de sanções... Assim entramos o ano 2018, com um país completamente bloqueado, com únicas pingas de esperança no congresso do PAIGC, previsto para final de Janeiro e eventualmente nas eleições legislativas.

A falta do entendimento como ancora do nosso avanço e a extrema pobreza como o factor do nosso desespero, deixou muitos de nós envelhecidos ainda novos de idade… Os que perderam a infância assistindo desentendimento continuo… os que a juventude e adolescência escaparam sem oportunidades de definir o seu futuro… Os que a inteligência de pouco ou nada se deu em aproveito… Os que a carreira de vida se aruinou com aventura de um lado a outro em busca de melhor sustento para a família…
Hoje, somos todos os grande perdedores com esse histórico desentendimento cíclico.

Mas como não devemos abdicar da nossa vida e da nossa vivência por causa isso, nem rendermos conformados com esse status quo, então o desafio é para cada um de nos e de todos nós. Porque as coisas que nos parecem impossíveis, também podem ser conseguidas através de uma teimosia pacífica. Por isso, ainda se mantém o velho ditado de que a esperança é ultimo a morrer.

Caros irmãos
É chegada a hora de abrirmos os olhos com necessidade de ver, aguçar os ouvidos com interesse de ouvir e de conversarmos como irmãos com vontade de entendermos.
Se na verdade tivermos em conta, de que afinal, quem trabalha para vencer  o desentendimento, a divergência e a violência,  tem de usar a moderação e flexibilidade nas suas emoções e interpretações perante ideias e entendimentos de outrem... em detrimento de criar um ambiente estável não só para os que mais precisam, mas principalmente para os que mais precisam.

Já que nem tudo o que estamos a fazer é que nos resulta da maneira como queremos... daí que é importante lembremos que é mera ganancia advogar sempre como detentor de verdade absoluta ou convicção insistente de teimosia sem recuo.
Pois o atraso em que a Guiné-Bissau se encontra e os desafios deficeis que o mundo se enfrenta, de nada importa confrontações individuais ou coletivos depois de um ato eleitoral a nao ser em detrimento de combater o unico inimigo que é o subdesenvolvimento

Existencia humana é limitade, a nossa convivencia é curta, enquanto que “Os caminhos da vida são tortuosos”. Quem estiver com ganâncias de que o seu poder é forte, a sua segurança é bem protegida e que a busca de consenso é menos importante. Sem dúvidas surpreenderá a cada dia,  perante o desmoronar do seu poder e findada a sua força e segurança
Afinal… não vale a pena confiar no poder que temos e achar que somos todo-poderoso... Nem vale a pena confiar na nossa protecção para achar que somos seguramente invulneráveis.

É verdade que os riscos vida são sempre perigosos... Mas nós os seres humanos, muitas das vezes a nossa ganância nos leva esquecer exemplos vividos para podemos escapar a repetição dos perigos conhecidos.
Assim, vale a pena abdicarmos dessa ganancia de ser todo poderoso sempre que está em causa a busca de consenso e o entendimento. Pois essa certeza de ser todo poderoso, qualquer um pode ter, mas na confrontação e na lógica da verdade é que sai o perdedor... Essas certezas pela ganância de ser poderoso e a convicção de estar seguro já custou vida a muitos homens, porque a natureza em si nos mostra que a vida não é certa nem é segura. Alias, vida é uma magia de percurso, ou um jogo de incerteza constante na espera de tudo o que possa der e vier.

Neste momento em que os contornos da vivência chegou num ponto muito sensível e crítico, vamos aproveitar  este momento onde a tradição é de renovar as esperanças e de desejar a obtenção de tudo de bom e de melhor ainda não alcançado, pedir para que Deus abençoe a todos e dê cada um de nós a faculdade de pensar e a força de vontade na busca de ideias para encontrar melhor saída para os pesados problemas da nossa querida e estimada Guiné-Bissau.
Bem haja e um bom ano para todos.
Samba Bari

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