quinta-feira, 28 de junho de 2018


PR se auto-denunciou no seu balanço de 4 anos de mandato

O nosso S. Exa. So Presi, Dr. JOMAV se auto-denunciou ao evocar a questão do cheque de 500'000'000,00 (quinhentos milhões) deF CFA’sna sua entrevista do balanço dos seus 4 anos do exercício do poder presidencial
Por Abdulai Keita[]

Muitos cidadãos bissau-guineenses e além viram o ato no dia 02 de Junho de 2016. O nosso S. Exa. So Presi, Dr. JOMAV,a entregar publicamente um cheque, na Presidência da República, segundo as infos então transmitidas pelos órgãos da comunicação social com pompas e tambores, no valor de 500’000’000,00 (quinhentos milhões) de F CFA’s(=763’358,78 EUR à 655,00 F CFA/EUR) a então seu recém-nomeado Premiê Baciro Djá. Nomeado, antes, no dia 26 de Maio deste mesmo ano. Afirmando na ocasião, sempre segundo as mesmas fontes, de tratar-se de uma doação da Agência de Cooperação Guiné-Bissau/Senegal, que, pelas suas diretivas próprias ia ser destinada à construção, em Bissau, da “Avenida João Bernardo Vieira (Nino) ”.
A Avenida que ia ligar a Praça dos Heróis Nacionais no centro da cidade à zona industrial de Bolola. Este então seu novo So Premiê Baciro tendo-o seguido para logo acrescentar,de que, esse elenco que ia liderar e que ia ser investido naquele dia mesmo, ia evidentemente “começar a trabalhar a partir dessa obra” (a dita “Avenida”). 

O ato todavia naquele preciso momento,no meu olhar, estava manchado de um “pequeno” vício. Em tudo, não se tinha dignado a esclarecer aos cidadãos bissauenses e além,visto o tal modo de norma procedimental adotado naquela transação, sobre a questão de, a quem é que a tal doação se destinava direta e originalmente; a nosso S. Exa. So Presi, Dr. JOMAV, pessoalmente, ou ao Estado da República da Guiné-Bissau. 
Foi o porquê deste ato ter-me levado logo a colocar-me uma série de questões que,para mim, ainda continuam atuais, agora acrescida de mais outra, após este ates aludido ato de entrevista, a saber:

(1) Podeo Gerente de uma Agencia Mista do Estado da Guiné-Bissau e um outro, neste caso odo Senegal, portanto uma Instituição estatal, proceder à doação de tanta soma de dinheiro “cash” (em cheque), assim, tão simplesmente, a alguém; a nosso Estado, ou a nosso S. Exa. So Presi, ou via este, a uma ou outra entidade estatal? 

(2) Como é quese gere os fundos e se costuma levantar as importantes somas de dinheiro naquela Agencia Mista? 

(3) Será este gesto, neste quadro, um gesto legal ou um a considerar como a tentativa de uma camuflada sedução (tráfico de influências; aliciamento; corrupção) ao encontro do nosso S. Exa. So Presi? E no fundo, no fundo, partindo de quem? 

(4) E para já, quanto é que o Gerente levantou de facto, em relação a esta operação nos cofres daquela Agencia, apenas esta soma doada a So Presi (ou a outra entidade)?

(5) Porque é que o nosso So Presi não o mandou ir depositar a tal soma de tanto dinheiro (em cheque) no tesouro, logo imediatamente, como isso se deve pelos imperativos procedimentais segundo ele mesmo (“o dinheiro do Estado no Cofre do Estado”)?

(6) E de outro lado, porque é que o nosso S. Exa. So Presi, por sua vez, também decidiu entregar assim, “cash” (em cheque), esta mesma soma e toda, a So Premiê Baciro, sem a diretiva deste mandar deposita-la imediatamente no tesouro como se deve, mesmo pensando no objetivo então anunciado da sua utilização posterior para a construção da tal dita Avenida? 

(7) E, após tudo isso, ia o So Premiê, pela iniciativa própria, mandar depositar este dinheiro (cheque)no tesouro (“cofre de Estado”) ou não, na sua totalidade?

(8) Mas ainda, com efeito, e à partida de tudo, a construção desta "Avenida João Bernardo Vieira – Nino”, encontrava-se já prevista no Orçamento Geral de Estado do Executivo do So Premiê Baciro? Previsto para que montante?

(9) E, como tanto o Programa deste Governo e assim como seu Orçamento Geral de Estado, a que tudo indicava, iam ser difícil a serem aprovados devidamentepela ANP, e se isso não viesse acontecer, em que pé é que tudo iria ficar? Etc. etc.

E agora, até a presente data (23.06.2018), não se viu nada da construção desta "Avenida João Bernardo Vieira - Nino"… Nada mesmo! Puto! 

(1) O que é que se fez com esta importante soma de dinheiro então, entretanto? 

(2) Com efeito e para já, este cheque com esta importante soma de dinheiro, após ter sido entregue a So Premiê Baciro, porque é que este, por iniciativa própria, não o mandou depositar no tesouro? 

(3) E ainda, não sendo assim, foi logo então, ou não foi depositado numa conta bancaria e de quem, no qual banco? Etc.

Eis diferentes aspetos deste assunto colocados,segundo a mim, desde à partida deste affairee atualmente, ainda devendo ser esclarecidosem todo o primeiro lugar. E que podem e devem ser esclarecidos. 

Ora, em vez disso,primeiro veio So Ex Premiê Baciro três meses a traz e agora segue também aí o nosso S. Exa. So Presi, Dr. JOMAV,nesta antes citada sua entrevista gravada no dia 13 de Junho de 2018 e publicada mais tarde, sobre o balanço dos seus 4 anos do exercício do poder presidencial; os dois a fazer-nos o Pingue-pongue de “entreguei-lhe/não me devolveu” o cheque de 500’000’000,00 (quinhentos milhões) de F CFA’s. Deixando assim o mundo todo sem saber em que pé é que se estáagora nisso. 

Que a leitora/o leitor me desculpe, mas ora bolas pa, o que é isso?! Que banalização da gestão da coisa pública e das instituições do Estado?! E que descrédito de alguém, no posto do Presidente da República, tendo feitodos géneros da matériaaqui em pauta, a sua; a palavra de ordem, a diretiva para a governação dos fundos do Estado (do povo), ou seja, o seu grande slogan; essa fórmula grande de, “DINHEIRO DO ESTADO NO COFRE DO ESTADO”. 

Eis, é por tudo isso é que, na realidade, e bem visto, o que fez e disse o nosso S. Exa. So Presi, Dr. JOMAV nesta tal referida sua entrevista do balanço dos seus 4 anos do exercício do poder presidencial, referindo-se a este assunto é pura e simplesmente um ato de autodenuncia. Uma autodenuncia, para já e sobretudo se tudo vir ficar assim, de terem os dois, ele e Baciro, desviado esta soma em cumplicidade conjunta. E nesse conluio, sendo o Gerente, o ator aliciante (corruptor) de partida; aliciante dos dois e o cúmplice instigador de toda a operação, caso que tenha agido fora das normas procedimentais da sua instituição e além.Em todo o caso, em tudo, coisa claríssima de A a Z para a justiça. 

Brincadeira pa. Falou-se tanto e fala-se ainda sempre tanto do “DINHEIRO DO ESTADO NO COFRE DO ESTADO” e depois isso.Sem vergonha. Grande troça do Estado bissau-guineense e pura falta de respeito para com todos os cidadãos bissau-guineenses (Mulheres e Homens). Mas acima de tudo, uma irresponsabilidade política gritante sem igual no mais alto nível dos escalões do nosso Estado. Será que estes três implicados diretamente nesse affaire não vêm e nem sentem isso tudo. Se interroga!

Bom, por enquanto é assim. Mas que todaviase saiba e que saibam bem! O povo bissau-guineense não é burro e muito menos lixo. Um modo de liderança assente no rigor, na disciplina e no respeito irrestrito das normas e Leis da República há devoltar neste país, a Guiné-Bissau. Isso será, sem falta, tal como foi no passado, no “tempo de Cabral”, como costuma dizer o povo. 

Obrigado.
Pela honestidade intelectual. 
Por uma Guiné-Bissau de Homem Novo (Mulheres e Homens), íntegro, idôneo e, pensador com a sua própria cabeça. Incorruptível!
Que reine o bom senso.  
Amizade. 
A. Keita
OBS: Todas as ideias aqui transcritas são da inteira responsabilidade do seu titula (autor)

Sem comentários:

Enviar um comentário

ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público