terça-feira, 14 de agosto de 2018

Liga Guineense dos Direitos Humanos completou ontem, dia 12 de agosto, 27 anos de existência.

Congratulo-me com a valiosa contribuição que a Liga tem dado à sociedade guineense desde a sua fundação.

Os inúmeros problemas, sacrifícios e dificuldades que os dirigentes e membros da Liga enfrentaram ao longo destes 27 anos, serviram apenas para fortalecer as convicções dos seus dirigentes e membros, da necessidade de lutarem pelo respeito dos direitos humanos.

As dificuldades, sacrifícios e muitas vezes riscos de vida e de integridade física, perda de liberdade, apenas serviram para fortalecer a convicção e a determinação dos dirigentes e membros da Liga.

Temos realmente muitos motivos para nos orgulharmos do trabalho realizado e dos grandes homens e mulheres que têm dirigido esta organização tão prestigiada e reconhecida no país e a nível internacional.

Como um dos membros fundadores da Liga, só tenho motivos para me orgulhar de ter a graça de Deus de ter sido o pioneiro deste grande projeto, da equipa e do trabalho que tive o privilégio de dirigir, do trabalho que tenho visto crescer e frutificar pelos que se seguiriam, como é o caso da atual direção da Liga liderado pelo Dr. Augusto Mário da Silva, e constituída essencialmente por jovens quadros dotados de muita competência e sobretudo com coragem e determinação.

A mesma intrepidez, ousadia e certeza das lutas que a Liga abraçou há 27 anos, tem caraterizado a forma como a atual direção abraça as lutas atuais, neste percurso difícil de trabalho na área de Direitos Humanos.

Então, tal como hoje, colhemos muitas rosas, mas que apesar da beleza e perfume, nunca deixam de ter espinhos.

Pergunto:Valeu a pena picar-nos nos espinhos? Valeu a pena ser preso humilhado, torturado, ameaçado? Valeu a pena ser perseguido?

Valeram a pena tantas outras situações de sofrimento, dor e angústia? Valeu a pena ser traído até por alguns colegas de trincheira?
Claro que sim, porque as rosas ainda perduram, e qual semente em boa terra plantada, tem-se multiplicado, permitindo-nos espelhar em cada uma das memórias de uma caminhada que, essa sim, mais do que tudo valeu a pena.

Parabéns a todos os membros da Liga Guineense dos Direitos Humanos.

Fernando Gomes
Fundador e 1º Presidente da
Liga Guineense dos Direitos Humanos

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