quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Próximas eleições são decisivas para estabilidade na Guiné-Bissau 

A imagem pode conter: 1 pessoa, sentado e fatoO ministro da Presidência e do Conselho de Ministros da Guiné-Bissau, Agnelo Regala, disse que as próximas eleições são decisivas para a estabilidade política do país, sublinhando que a situação económica e social é "preocupante".

"Estas eleições serão uma etapa decisiva para restabelecer a estabilidade política no nosso país mas, nesse sentido, apenas um passo no começar de uma nova era - bem mais difícil - para a Guiné-Bissau", afirmou Agnelo Regala.

O ministro falava na cerimónia de abertura do Diálogo Nacional sobre Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional, organizado pelo Gabinete Integrado da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) e o Governo guineense.

"Não podemos esquecer que a situação económica e social que se vive na Guiné-Bissau é preocupante. A redução da pobreza, um dos principais Objetivos do Milénio para o Desenvolvimento, é um objetivo que não tem sido possível atingir", salientou.

Para Agnelo Regala, um dos principais problemas enfrentados pela Guiné-Bissau é a fragilidade das instituições de Estado, o que tem contribuído para "enfraquecer a capacidade do país de traduzir a riqueza dos seus recursos naturais em crescimento económico e desenvolvimento para o bem-estar da população".

"A construção das instituições do Estado da Guiné-Bissau deve, portanto, ser um dos primeiros passos na criação de condições propícias à paz e à estabilidade sustentável", disse.

Sobre o diálogo nacional, Agnelo Regala salientou que o tráfico de drogas "corrói as instituições do Estado, gera corrupção, distorce a economia e impede o desenvolvimento".

Nesse sentido, defendeu que os guineenses devem fazer um "compromisso nacional" para uma estratégia bem-sucedida de combate à criminalidade organizada transnacional.

"A Guiné-Bissau não é produtor, nem consumidor (de drogas), mas a fragilidade do Estado tem sido aproveitada e o seu território tem sido mal-apropriado como ponto de passagem", afirmou.

O diálogo nacional deverá, sublinhou o ministro, contribuir para que o "Estado recupere a confiança dos parceiros internacionais e atraia financiamento para a implementação das prioridades identificadas".

O Diálogo Nacional sobre Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional, que vai decorrer até quinta-feira, vai analisar as propostas para fortalecimento do quadro legal e das instituições na supervisão e combate ao crime organizado, melhorar a capacidade de produção de relatório sobre o crime e o diálogo entre as autoridades nacionais e criar mecanismos de coordenação com os parceiros internacionais.
Rispito.com/Lusa, 28-11-2018

Sem comentários:

Enviar um comentário

ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público