segunda-feira, 26 de novembro de 2018

SAMBA BARI LANÇA SEGUNDO LIVRO COM TÍTULO "A GUERRA DE BISSAU" 

O livro já foi lançado em Lisboa no dia 24 de Novembro de 2018 e se encontra disponível a venda na Associação guineense de solidariedade AGUINENSO (00351932616405) e no centro comercial Babilónia na Amadora (00351214936636 ou 00351938244599).

O autor/Escritor é um cidadão guineense, com residência em Manchester (Reino Unido)
cujo a preocupação da vivência diária para com o seu país, faz dele um homem com vida na grande Diáspora mas sempre disponível à sacrifícios e de estar a par com tudo o que acontece na Guiné-Bissau e ao meu povo.

Ao ser interpelado sobre as razões que o moveu para escrever esse segundo livro, o autor começa por dizer que a vida se faz com as vivências do presente tendo em conta as experiências do passado para se poder acautelar com o futuro. 
Cada povo tem a sua características próprias e cada país tem suas ocorrência e/ou acontecimentos... que no seu todo, constitui a historia de uma republica. E todas as ocorrências ou acontecimentos de uma republica, sejam bons ou maus, são sempre importantes de serem transmitidas de geração a geração. Onde a melhor maneira de fazer isso não deve ser de boca a boca, ou de conto em conto, mas sim por meio de escrita. 

Samba enaltece que, para ter uma longa história em pormenor, nunca é suficiente o que o nosso cérebro se armazenou,  isso devido a natureza frágil da nossa memoria, pelo que é indispensável escreve-la com vista a manutenção da sua verdadeira ocorrência. Eis as razões de escrever sobre a guerra chamada 07 de Junho 98 com título principal "A GUERRA DE BISSAU"

Samba Bari lamenta o custo financeiro da obra e falta de apoio pelas autoridades do seu país, mas com coragem e vontade seguiu em frente pela segunda vez na luta para deixar documento importante para a sociedade presente e futura da Guine-Bissau.

Bari confessa que a obra foi tratada com dedicação e muito trabalho, mas, com certeza insuficiente, para partilhar toda a história por ser longa, dura e delicada. Mas garante ao mesmo tempo que esta iniciativa abre caminho a curiosidade para mais investigações e escrita, já que uma longa história só fica completa ao ser tratada por vários escritores, onde cada um desses escritores assume a complementaridade da parte que outro não conseguiu concluir ou ser suficientemente bem explicito.

Seja como for, Samba Bari disse estar satisfeito de ter conseguido pôr em publico mais uma obra da sua autoria e que fala da sua pátria amada. Ainda numa altura em que, muitos guineenses continuam inconfortáveis no que respeita ao entendimento da classe politica, tendo em conta os momentos desagradáveis que ainda continuam adiar as esperanças de todo um povo;
Numa altura em que muitos  acontecimentos precisam de um sistema judicial consistente e responsável, porque a justiça é o método principal e adequado, para acabar com atrocidades e atitudes abusivas.

"Hoje ainda estamos assim, mas amanha... de certeza, aparecerão aqueles que serão capazes de organizar toda a desordem e a falta de entendimento, porque esses compreenderam que a vida tem mais valor quando os atos e os comportamentos são baseados na lei e na ordem.
E dentro dessa futura paradigma de mudança que um  dia começa, será indispensável a leitura de registos históricos do passado... E ao chegar esse dia, "A Guerra de Bissau" fará parte de uma obra adequada para ajudar na compreensão do que foi a guerra "07 de Junho" que nada ajudou na pacificação do país", disse.

Samba Bari enfatizou que a história pós guerra 07 de Junho demonstrou ao longo do tempo o infeliz acontecimento dessa guerra, exemplificando pelo termino fatal dos principais protagonistas.
Uma guerra injusta e sem razões de ser, foram palavras bem pronunciadas para sustentar que A Guerra de Bissau  de pouco ou  nada de bom contribuiu para a Guiné-Bissau, apesar de grandes esperanças que motivou. Antes pelo contrário, provocou não só a perda de muitas vidas, enquanto durou; 
Também aumentou a pobreza do país com a ruína da economia; contribuiu para a fuga de muitos cidadãos; criou muita arrogância e fomentou o espírito da violência; aumentou a corrupção e o enriquecimentos ilícito, enfraqueceu o poder do Estado e deu origem ao grande dilema, até hoje ainda não resolvido, de como realizar reformas num país onde as autoridades civis respondem perante os generais.

João Bernardo Vieira e Ansumane Mané, responsáveis por esta guerra, 07 de Junho 98, vítimas do ambiente que criaram, acabaram ambos por morrer assassinados, de forma indigna e desrespeitados pelos seus concidadãos. 
Em fim... Mesmo que os guineenses um dia lhes possam  perdoar, mas com certeza a história da Guiné-Bissau  nunca os poderão absolver.
Rispito.com, 26/11/2018


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