quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Governo da Guiné-Bissau quer parceiros para criar educação sustentável no país

A imagem pode conter: 2 pessoas, fatoO ministro da Educação da Guiné-Bissau disse que o Governo quer parcerias para criar um sistema de ensino sustentável para todos os estudantes do país, que neste momento são 500 mil.

"Há muito trabalho para fazer para garantir a estabilização do sistema educativo, a sua funcionalidade, aumentar e diversificar a oferta educativa, garantir a equidade e a qualidade do serviço", considerou Dautarin da Costa.

Para isso, o executivo guineense precisa "de caminhar com parceiros", que o apoiem e que também possam ser apoiados nessas parcerias, para se “enquadrar aquilo que são os objetivos globais”, acrescentou.

Dautarin da Costa falava à margem da assinatura de um acordo, em Lisboa, entre o Ministério da Educação Nacional e Ensino Superior da República da Guiné-Bissau e a organização não governamental (ONG) Millennium Education para a consultoria técnica em projetos que permitam criar esse sistema de ensino.

O ministro da Educação Nacional e do Ensino Superior da Guiné-Bissau, em declarações à Lusa e à RTP, disse que a ONG vai caminhar com o Governo "para a mudança definitiva" que o executivo quer fazer "em termos de educação na Guiné-Bissau".

"Nós temos uma projeção integral, que visa a transformação desde o pré-escolar até ao ensino superior. E o trabalho com a Millenium Education vai permitir enquadrar o nosso esforço naquilo que são os objetivos globais, para que de facto consigamos construir uma educação sustentável", afirmou.

A imagem pode conter: 3 pessoas, pessoas sentadas, mesa e interioresNeste âmbito, explicou o ministro, a ONG vai fazer uma assessoria especializada ao Ministério da Educação da Guiné-Bissau.

"A educação na Guiné é como tudo na Guiné, tem muito potencial, mas precisa de fazer as pazes com o seu potencial. A educação não é exceção. Temos muita gente que quer aprender e muita gente que quer abraçar oportunidades. E a nossa ambição é criar essas oportunidades de crescimento para as nossas crianças e para os nossos jovens", frisou.

O acordo "é muito interessante, porque não tem custos diretos para o ministério”, explicou Dautarin da Costa.

“Trata-se de uma assessoria especializada que vai acompanhar-nos neste processo de irmos buscar os recursos necessários para materializar aquilo que são os nossos objetivos. A contrapartida estará inscrita nesses recursos que vão sendo angariados", salientou.

Segundo o governante guineense aquela ONG vê na Guiné-Bissau "uma oportunidade de fazer crescer esta filosofia de educação sustentável e o Ministério da Educação apreciou bastante essa perspetiva, porque alinha com a visão do Governo."

"Neste momento temos perto de 500 mil estudantes e a ideia é que esta perspetiva de educação sustentável abranja todos os estudantes da Guiné-Bissau, de forma a podermos criar um modelo de intervenção que não seja segmentado, mas que seja absolutamente estruturante", sublinhou.

A imagem pode conter: 4 pessoas, pessoas a sorrir, pessoas em péO presidente executivo da Fundação Millenium Education, Mário Franco, à margem da assinatura do protocolo, referiu que a ONG dedica-se a promover e a articular entre diversas entidades, incluindo governos, projetos de educação para o desenvolvimento sustentável e de educação sustentável.

O responsável considerou fundamental neste tipo de projetos "as lideranças" e apontou o sentido do acordo na Guiné-Bissau: “Acreditamos que a visão que neste momento está [no país] vai permitir desenvolver este projeto, que é um projeto a longo prazo, de três, quatro anos”.

O projeto visa promover a educação para o desenvolvimento sustentável, mas assente em projetos de educação por si só sustentáveis, do ponto de vista económico, do ponto de vista social, do ponto de vista ambiental e educacional.

“Este projeto tem um forte componente tecnológica”, que permite reduzir custos e melhorar a eficiência do sistema de educação, mas também proporcionar a professores e alunos contacto com as novas tecnologias.

Assim, "o primeiro passo do acordo agora assinado é desenhar todo o plano operacional", que funcionará depois com financiamentos internacionais, avançou Mário Franco.

O prazo para desenhar esse plano oscila entre seis meses e um ano.

"No primeiro ano temos de ter um plano bem definido. Isso não impede que sejam realizadas ações antes do plano ser concretizado", concluiu o presidente executivo da ONG.
Rispito.com/Lusa, 22-08-2019

Sem comentários:

Enviar um comentário

ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público