COMUNICADO DE IMPRENSA
O Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e
Desenvolvimento, acompanha com bastante atenção as informações que dão conta da
suspensão do Centro Retransmissor da África FM nas regiões de Bafatáe Tombali, ordenada pela
Autoridade ReguladoraNacional (ARN) através de uma carta datada de 14 de
Outubro de 2019, cuja ordem foi concretizada ontem dia 21 de corrente mês.
Segundo as informações vindas das direcções regionais do Movimento
Nacional da Sociedade Civil, os Administradores dos Sectores de Bafatá e Tombali
foram solicitados a colaboração interinstitucionais por parte de ARN em
consequências ambas autoridades sectoriais das provinciais de Leste e Sul
efectivaram o fecho das referidas estações
Igualmente regista com muita preocupação, a persistente défice de
diálogo no seio da classe política guineenseno concerne ao processo eleitoral em curso no país,
neste particular, o sorteio dos candidatos no boletim de voto foi marcado com
ausência dos mandatários de algumas candidaturas.Facto que evidencia alguma
desconfiança no processo e umafalta de
diálogo sério e patriótico;
Ainda é com muita apreensão que regista a declaração do Primeiro-ministro,
Aristides Gomes, através da sua páginano Facebook, que o Candidatopresidencial UmaroSissoko
Embalo estaria a patrocinar alteração da ordem constitucional no país. Atocontinuo,
em algumas horas depois assistiu-se acção de perturbação da ordem pública e
tranquilidade social em Bissau;
Tendo em consideração que os órgãos de comunicação social são
indispensáveis para o fortalecimento da democracia, através da informação e
formação da opinião pública sobre diversos assuntos de interesse nacional.
Considerando que a relação de confiança deve prevalecer no seio da
classe politica e a entidade gestora de processo eleitoral como forma de
credibilizar o processo e para que as eleições presidenciais se decorram num
clima de paz e tranquilidade como sempre foi na Guiné-Bissau;
Tendo em atenção que nas democracias é intolerável qualquer comportamento que visa
alteração da ordem constitucional e atos dos políticos e governantes devem
obedecer aos ditames das leis, pelo que a situação em apreço requer um
esclarecimento em estrita observância das normasvigentes no país;
Assim, a Direcção do Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz
Democracia e Desenvolvimento, preocupada com os impactos negativos do atual
contexto político, social e económico do país, delibera o seguinte:
1.
Lamentar as medidas extremas e
desproporcionais da Autoridade Reguladora Nacional (ARN), em ordenar a
suspensão das Estações Retransmissoras da Rádio África FM, numa altura em que o
país se prepara para a realização das eleições presidenciais previstas para o
próximo dia 24 de Novembro, tendo os órgãos de comunicação social um papel de
grande relevo;
2.
Exortar a ARN no sentido de ordenar o
levantamento de suspensão dos tais Centros Retransmissores da Rádio África FM,
dando primazia ao diálogo institucional franco, com o objectivo de resolver
todos os assuntos pertinentes com maior brevidade possível, permitindo os
cidadãos retomar o direito de acesso às informações e protecção jurídica
consagradosna lei magna do país;
3.
Encorajar a Administração da Rádio África FM
no sentido de encetar diálogo com a ARN,
com vista ao estabelecimento de uma plataforma de entendimento sempre
cumprimento todos os pressupostos legais para o funcionamento dos órgãos
de comunicação social;
4.
Exortar o Conselho Nacional de Comunicação
para uma intervenção conciliadora urgente enquanto entidade devidamente
competente no adequamentodo
funcionamento dos órgãos de comunicação social;
5.
Exortar aos órgãos de comunicação social em
geral, no sentido de adoptarem posturas de moderação e contenção durante e
depois do período sensível da campanha eleitoral;
6.
Exigir a classe política nacional e as
entidades gestoras de processo eleitoral a um diálogo sério e inclusivo como
forma de criar confiança mútua dos intervenientes nas eleições presidências de
24 de Novembro do ano em curso;
7.
Exortar ao Ministério Público no sentido de
accionar mecanismos legais e necessários para esclarecimento da denúncia
preferida pelo Primeiro-ministro e consequente responsabilização;
8.
Repudiar ato de perturbação da ordem pública e
exigir as autoridades públicas no sentido de tomar medidas contundentes com
vista a desencorajar comportamento de género;
9.
Apelar a população em geral, em especial a
camada juvenil guineense acalma e serenidade evitando qualquer distúrbio que
possa empurrar o país aos caos;
10.
Manifestar mais uma vez, o regozijo da Sociedade
Civil as forças de defesa e segurançaGuineenses pela postura republicana que tem
vindo assumir até aqui, dada a sua equidistância as quezilas políticas vividas
nestes últimos 5 anos na Guiné-Bissau;
11.
Por
fim, apelar a comunidade internacional em geral paracontinuar acompanhar o país
e o povo guineense continuando dar sempre
a sua assistência em prol da
consolidação da paz e
do desenvolvimento da pátria de Amílcar
Cabral.
Feito em Bissau, aos 22 dias do mês de Outubro de 2019
A Direcção Nacional do
Movimento,
Fodé Caramba Sanhá
/Presidente/
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