EUA declaram "apoio pleno" ao Governo de Aristides Gomes
Os Estados Unidos declararam hoje à Lusa apoiar "plenamente" o Governo da Guiné-Bissau liderado por Aristides Gomes e que reconhecem o seu trabalho na luta contra o tráfico de droga, considerando ilegítima a sua demissão, decidida pelo Presidente guineense.
“De acordo com a posição da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e outros parceiros internacionais, os Estados Unidos da América apoiam plenamente o Governo da Guiné-Bissau sob o primeiro-ministro Aristides Gomes”, lê-se numa declaração da embaixada norte-americana em Dacar, com jurisdição sobre a Guiné-Bissau, enviada hoje à Lusa.
Os Estados Unidos, acrescenta a nota, “não consideram legítima a demissão do Governo de Aristides Gomes”, decidida pelo Presidente guineense, José Mário Vaz, na segunda-feira.
Os EUA, refere ainda, “reconhecem o apoio do primeiro-ministro Gomes à polícia da Guiné-Bissau e a sua luta contra o tráfico de droga”.
Esta nota da embaixada dos EUA esclarece a posição norte-americana, depois de declarações feitas à Lusa pelo diretor regional adjunto para África da Administração de Combate à Droga norte-americana (DEA, na sigla em inglês), Antonio Hubbard.
O Presidente guineense deu, ao final da tarde de quinta-feira, posse a um novo Governo, depois de ter demitido o Governo liderado por Aristides Gomes na segunda-feira.
A União Africana, a União Europeia, a CEDEAO, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e as Nações Unidas já condenaram a decisão do Presidente, José Mário Vaz, de demitir o Governo liderado por Aristides Gomes e disseram que apenas reconhecem o executivo saído das eleições legislativas de 10 de março, que continua em funções.
O Governo de Aristides Gomes já disse que não reconhece a decisão de José Mário Vaz, por este ser candidato às eleições presidenciais, por o seu mandato ter terminado a 23 de junho e por ter ficado no cargo até às presidenciais por decisão da CEDEAO.
A Guiné-Bissau tem presidenciais marcadas para 24 de Novembro e a segunda volta, caso seja necessária, vai decorrer a 29 de Dezembro.
A campanha eleitoral, na qual participam 12 candidatos aprovados pelo Supremo Tribunal de Justiça, decorre entre sábado e 22 de Novembro.
Rispito.com/Lusa, 01-11-2019
Um responsável para África da Administração de Combate à Droga dos EUA acredita que parte da classe política na Guiné-Bissau está envolvida no tráfico de droga e que a oposição ao Presidente pode dever-se aos "sucessos" no combate.
ResponderEliminarEm entrevista telefónica à agência Lusa, o diretor regional adjunto para África da Administração de Combate à Droga norte-americana (DEA, na sigla em inglês), Antonio Hubbard, afirmou que as tensões entre os políticos e o Presidente cessante da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, podem ser "resultado dos sucessos" no combate à droga que o chefe de Estado tem obtido.
"O que não sabemos neste momento é se as acusações de alguns membros do Governo de que o Presidente não pode continuar a chefiar são resultado dos sucessos que foram obtidos recentemente, como as apreensões de droga", disse o responsável, falando a partir de Joanesburgo.
"Mas esses são assuntos internos e são assuntos para os serviços políticos da região estudarem", completou.
As eleições presidenciais na Guiné-Bissau estão marcadas para 24 de novembro, sendo José Mário Vaz candidato à reeleição.
"A única coisa que posso dizer, da interação que o nosso gabinete tem tido recentemente com o Presidente, é que ele parece estar disposto a avançar e que ele quer que a comunidade internacional tenha uma impressão diferente sobre a Guiné-Bissau", comentou o diretor adjunto da DEA em África.
VAMOS CORTAR COLABORAÇÃO COM A GUINÉ-BISSAU SE CRISE PERSISTIR", DIZ EUA
ResponderEliminarOs Estados Unidos da América vão deixar de dar informações às autoridades locais da Guiné-Bissau sobre as remessas de droga internacionais se a crise política e a corrupção persistirem, declarou hoje à Lusa um diretor da Administração de Combate à Droga.
A afirmação foi feita pelo diretor regional adjunto para África da Administração de Combate à Droga (DEA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos da América, Antonio Hubbard, em entrevista à agência Lusa.
Antonio Hubbard considerou que o Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, tem tomado "boas decisões" contra o narcotráfico, mas a administração norte-americana vê-se obrigada "a não partilhar informações e não dar assistência" quando as autoridades do país não estão a trabalhar em conformidade.
O objetivo é pressionar o Governo da Guiné-Bissau a combater a corrupção e a reforçar a aplicação da lei, segundo Antonio Hubbard, que falou à Lusa por telefone a partir de Joanesburgo, África do Sul.
O diretor regional adjunto da DEA considerou que é verdade que alguns partidos políticos estão envolvidos no tráfico de droga.
"É um assunto que eles têm de resolver. Se [o problema] não for tratado e se for criado pelo próprio Governo, não temos escolha a não ser não prestar assistência. Não podemos dar assistência quando sabemos que existe corrupção dentro do Governo ou na aplicação de leis", considerou Antonio Hubbard.
A visão da Administração de Combate à Droga é que os esforços para a Guiné-Bissau têm de continuar, já que há "parceiros de confiança", mas enquanto a crise política não for resolvida, tem de "desacelerar os progressos".
A crise política significa que "uma situação já complicada vai ficar ainda mais complicada" e que traz muitos entraves a atividades de combate que estavam a ser planeadas pela administração.
A DEA dá especial atenção ao fluxo de tráfico de droga vindo da América do Sul para a costa ocidental da África, mas o principal problema é a falta de cooperação de outras nações para as detenções.
O agente continuou: "Se temos informações de uma embarcação de droga proveniente do Brasil ou de outro lugar... Temos boas informações e podemos passá-las, mas se não houver embarcações das outras nações que estão a patrulhar, não temos maneira de impedir, arrestar ou confiscar os navios".
Antonio Hubbard acrescentou que a DEA não pode intervir depois de as embarcações criminosas entrarem em águas territoriais dos países.
"Quando as remessas entram em águas territoriais, por exemplo da Guiné-Bissau ou das muitas ilhas que circundam, é muito difícil planear e dirigir operações de aplicação da lei".
O departamento de Defesa dos EUA em África responde pelo treino de militares na região e também pelos recursos navais. Segundo Hubbard disse à Lusa, deixaram de disponibilizar alguns recursos recentemente "por falta de esforços recíprocos" locais.
O Presidente guineense demitiu no início da semana o Governo liderado por Aristides Gomes, do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das eleições legislativas, e nomeou Faustino Imbali (Partido para a Renovação Social) como primeiro-ministro da Guiné-Bissau, tendo dado posse ao executivo esta sexta-feira.
A União Africana, a União Europeia, a Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e as Nações Unidas já condenaram a decisão do Presidente José Mário Vaz de demitir o Governo liderado por Aristides Gomes e disseram que apenas reconhecem o executivo saído das eleições legislativas de 10 de março.
O Governo de Aristides Gomes já disse que não reconhece a decisão de José Mário Vaz, por ser candidato às eleições presidenciais, pelo seu mandato ter terminado a 23 de junho e por ter ficado no cargo por decisão da CEDEAO
Essa notícia foi tendenciosa, por parte do editor deste blog.sejam imparcial no vosso trabalho,sejam honestos intelectualmente, porque a notícia que foi defundida de manhã pela agência de notícia portuguesa "lusa",Não foi publicado porquê?
ResponderEliminarhttps://youtu.be/6ihCIe64Da8
EliminarTa ai o audio