domingo, 3 de maio de 2020

Perante o egoísmo mundial, em quem os africanos devem confiar?

Por: Besna Gomes
No inicio o governo chinês acusou os Estados Unidos de ser suspeito de COVID -19 na China, considerando este vírus como uma guerra bacteriológica dos Estados Unidos contra a China “principal concorrente comercial” e Irão “atual principal inimigo” dos Estados Unidos, entretanto, os americanos disseram que este vírus é causado por falta de higiene dos chineses e será o caso?

Quando o vírus começou na China muitos países sabiam, mas desvalorizaram a situação, como se nada estivesse a acontecer no mundo. Os europeus ignoraram completamente este problema no início, porque se tratava do problema chinês, mas não europeu.
Os franceses chamavam este vírus de alerta amarela que é uma denominação xenofóbica e racista, e agora é alerta branca, negra, azul, amarela…etc. E que os chineses se desenrasquem com o vírus, entretanto a ministra da saúde francesa Agnés Buzyn estava ciente do risco deste vírus e que podia afetar a França e a Europa em geral. Ela alertou a autoridade francesa e o presidente Emmanuel Macron, mas não levaram em conta porque priorizaram as reformas, fazer crescer a economia (que é sistema capitalista) e outras coisas.

Tudo isso fez que os europeus ignorassem completamente impacto que este vírus poderia ter a nível mundial, sobre tudo no velho continente.

Na Inglaterra, primeiro-ministro Boris Johnson que na sua ideologia, era necessário aguardar até que a população inglesa fosse atingida por este vírus e daí para desenvolver o anticorpo, como se o Covid-19 se tratasse de uma gripe vulgar. Ele sabe muitíssimo bem que aplicando este método, muitos ingleses irão morrer, independentemente da cor da pele dessas pessoas.

Infelizmente, depois que a Inglaterra foi atingida pelo vírus que Boris Johnson começou a declarar estado de emergência, dando indicação para fechar as atividades com intuito de evitar a propagação do vírus.
Isso deve relembrar o ser humano na sua globalidade que nesta sociedade mundializada, neoliberal, ditada e dirigida pela oligarquia ocidental, que as elites perdem sempre o espírito, a razão de cuidar dos seus concidadãos. De maneira que a população mundial é sacrificada atualmente, é a mesma maneira que os conquistadores ocidentais fizeram quando foram conquistar América, quando encontraram as tribos “indígenas” foram lhes dados a cobertura, e esta cobertura era cheia de vírus, por isso, tudo que está acontecendo atualmente, não é por azar, mas sim uma coisa injetada.

A Itália passou a achar a situação da China como temporária dizendo logo isso vai passar, os 
Italianos eram passivos, faziam-se de simples espetadores, porque achavam que não era necessário ter uma medida de precaução em relação a este vírus. Sem esquecer que os italianos mostraram de uma maneira flagrante que são xenófobos racistas principalmente com os negros.
A Itália recusou inúmeras vezes dar ajuda aos Sírios, Líbios, Africanos em geral. Até no ponto de ver as pessoas em pleno mar a se Afogarem, não prestam socorro, pelo contrário, pegam nos seus celulares para fazer fotos e filmagens das vítimas para posteriormente rirem-se das caras delas.

O estranho é que os próprios italianos que detestam os africanos, utilizaram o cruzeiro Costa Mágica e pretenderam fazer uma escala em Caraíbas para fugir do vírus sabendo que o navio estava contaminado do vírus, e queriam contaminar os negros do continente americano. 

Os Estados Unidos mostrou a cara diabólica no início desta situação na China e Irão, porque em plena crise mundial, o governo americano com Donald Trump, decidiu aumentar a sanção contra um dos países mais contaminados, na altura, pelo vírus, o Irão. Como podem ter aumentado as sanções contra um país que estava a travessar um momento muito difícil combatendo o Covid-19? 

Devemos observar como a geopolítica está a posicionar-se mundialmente, como a situação deste vírus foi tratada com negligência na Europa, o mesmo passa-se no continente africano “sem nenhuma medida de contenção”, com os acordos de BRETON WOODS com as privatização dos sectores e vulnerabilização do sector publico e acordos com FMI, os dirigentes africanos comportam-se como os “business Men ”, porque sabendo que corona vírus estava expandir-se na China, e na Europa, mas nunca tiveram iniciativa de fechar as fronteiras a entrada dos turistas a nível do continente para proteger a população, mas só pensavam no dinheiro do turismo, e nos interesses pessoais, era imperativa pôr stop ao turismo neste continente.

Os proletariados não vão nunca esquecer deste vírus, porque o homem faz o seu plano, mas Deus é melhor planificador. Com todas estas situações no mundo, a população africana não pode confiar em ninguém, senão em si mesma.
Quando falo da população africana de confiar em si mesma, é por uma simples razão, fazendo uma retrospetiva, como sabemos que nos Estados Unidos, a população Afro-Americana é largamente mais contaminada pelo COVID-19, os organismos sanitários invocam que os africanos são mais afetados por causa da extrema pobreza, precaridade, e falta de higiene, os africanos são mais infetados a doenças cardiovasculares, pulmonares e diabetes. É a mesma situação que os afro-brasileiros vivem.

Mais cedo ou mais tarde, este vírus vai afetar de uma maneira considerada o continente africano, sabendo que a África vive sempre num estado de precaridade no domínio sanitário, económico, alimentar…etc.
Tendo em conta esta situação, esperávamos que os dirigentes mundiais, sobre tudo, Africanos podiam assumir as suas responsabilidades para prevenir e minimizar o impacto deste vírus no continente, mas sem surpresa eles continuam mais preocupados consigo mesmos do que com a população.
Um Estado responsável se preocupa sempre com a vida da sua população, o que não é o caso na África; simplesmente os dirigentes africanos tentam sempre imitar e obedecer os ocidentais sem levar em conta que a realidade africana não é a mesma, que a realidade ocidental.
 
O absurdo é que, dois dirigentes de grande influência na África (presidente da República Democrática de Congo e presidente de Costa de Marfim) tinham uma reunião com o “mestre deles” presidente de França Emmanuel Macron com objetivo de analisar como a África pode lidar com este vírus, sabendo que a situação francesa é pior, e não tem nada haver com a situação africana, e os meios aplicados em França lógicamente não vão ser os mesmos meios que serão aplicados em África.

A população africana não pode nem deve confiar na maioria dos dirigentes africanos, porque são sempre orientados pelos ocidentais. Porque quando se falava das possíveis vacinas que serão testadas na África, praticamente nenhum dirigente africano mostrou seu desagrado, dizendo não a vacina no continente, ficaram em silêncio total, houve até uns que se mostraram voluntários para que a sua população seja utilizada como “cobaia”, o que é absurdo, estes senhores não são presidentes, mas sim presididos, eles deviam ser os nossos anjos de guarda para nos proteger, mas infelizmente não é o caso, porque as suas decisões saem sempre de ocidente.

Não devemos esquecer que a África foi a vítima das inúmeras vacinas desastrosas, como escândalo da vacina Pfizer do laboratório americano, que Aconteceu no ano 1996, ter utilizado secretamente crianças africanas, concretamente na Nigéria, para experimentar o medicamento Trovan Floaxin, como se de um gesto humanitário se tratasse, esta vacina tirou a vida de dezenas de crianças nigerianas. Lembrando o médico Wouther Basson que criou um gás na África de Sul com intenção de assassinar os africanos.

Também a vacinação contra VIH SIDA que foi efetuada na África nos anos 90, com intuito de reduzir, a população africana, porque acharam que era o meio mais prático e eficaz para reduzir a população continente supracitado, o mesmo caso aconteceu na América de Norte com os índios quando lhes foram distribuídos a cobertura com a Varíola, e que se os governantes mundiais não conseguem ter um acordo de população mundial compatível com recursos disponíveis, será por via epidemiológica que serão reduzidas a população mundial.

Por isso, temos que sensibilizar de uma maneira incansável a população africana sobre risco e efeito de COVID-19, porque a maioria da população africana é analfabeta numa conceção ocidental, que também não é alfa e ómega do conhecimento, a população africana precisa de receber ajuda sanitária e alimentar porque a África não está preparada para o atual confinamento como acontece nos países ocidentais, tendo em conta que a economia africana é informal.

Face a esta situação, os presidentes ocidentais concretamente presidente de França, Emmanuel Macron, disse que pretende ajudar a africa, e ele é incapaz de ajudar e salvar a vida da população francesa, porém está a tentar impressionar e enganar os dirigentes africanos.
É bom salientar que com esta crise, a população africana será de novo a vítima, porque a África será a fonte de recuperação económica para os ocidentais, haverá uma guerra económica, social, sanitária contra a população africana, por isso ela tem de confiar em si mesma, não nos seus dirigentes, porque serão cúmplices.

Aliás, a África desde sempre está em guerra, porque a sua população é sempre mal vista em toda a parte do mundo, salvo em “africa subsariana”. Os africanos “negros” estão a atravessar a mesma situação que os Judeus viveram no período da Segunda Guerra Mundial (Alemanha Nazista), a diferença é que os judeus sabiam que estavam em guerra enquanto que a população africana sempre acha que está em paz, mas não está.

Como dizia Thomas Sankara, o imperialismo se esconde nos nossos Anciãos, não podemos confiar nos imperialistas para nos ajudar, sabendo que são eles que desde sempre tentam nos envenenar, nos afastar da sociedade por isso devemos confiar em nós mesmos por prevenção.
Devemos voltar para o produto, ou seja, medicamento tradicional, evitando das doenças que o sistema liberal criou “covid-19”, como disse Piere Rabi desde muito tempo.

A descolonização alimentar, em harmonia quando a população africana estava mais ligada a natureza, os antropólogos europeus não percebiam e achavam que os africanos eram e são selvagens, animistas, porque os africanos adoram a natureza, a criação…etc. Mas os africanos adoram o Criador através da sua criação, e devem respeitar a criação para honrar o Criador. Mas desde o momento em que o mundo materialista ocidental começou a tocar a população africana, através da escravatura e da colonização, isso faz a população africana começar a estranhar a ela mesma, porque tudo que era natural na África agora é visto como anormal, irracional e estranho, portanto a alimentação sã e saudável não falta no continente.

Se na verdade os ocidentais pretendem ajudar a Africa, a melhor ajuda seria perdoar todas as dívidas contraídas com eles.
Ninguém é obrigado a amar os africanos, mas ao contrário é imperativo, urgente e inequívoca que todo mundo respeite os africanos. África livre ou a morte nós venceremos, é a unidade entre as nossas populações que nos permitirá nos diferenciar do resto do mundo. Porquê que quando os não ocidentais viajam para outros cantos do globo eles são chamados de Imigrantes e quando um ocidental viaja ele é chamado de Turista?

 Por: Besna Gomes /  Doutorando em gestão

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