quarta-feira, 20 de outubro de 2021

USE afirma que o parlamento tem dias contados

O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que a Assembleia Nacional Popular (ANP) tem dias contados, acrescentando que pode dissolver a assembleia hoje ou amanhã.

"Digo-vos que a UDIB fechou. O local do filme já não trabalha, eu não frequento salão do teatro. Assembleia tem dias contados. Dias contados significam que posso dissolver o parlamento hoje, amanhã, outro mês ou no próximo ano. A dissolução do parlamento está na minha mão e nem sequer levará um segundo ou menos", disse, reagindo à questão sobre a convocação da sessão ordinária da ANP.

Embaló falava aos jornalistas esta quarta-feira, depois da sua chegada de Conacri (Guiné-Conacri) onde se encontrava de visita oficial de algumas horas e na qual foi recebido pelo presidente de transição daquele país francófono da África Ocidental, Mamady Doumbouya.

O chefe de Estado guineense assegurou que não haverá mais a desordem na Guiné-Bissau.

"A verdade é que me estão a dar motivos para que possa dissolver o parlamento. Estão dar-me o motivo. É como o gato que tem fome e alguém decidiu colocar a linguiça no pescoço dele. O parlamento diz que há crise política e, eu estou a tomar a nota de tudo que dizem", referiu.

"O parlamento deve saber que o Presidente Umaro Sissoco Embaló, não é qualquer um! Não admito medir a fundura do mar com o pé" notou, para de seguida reafirmar que não permitirá a desordem na Guiné-Bissau, ameaçando que quem fizer a desordem pagará caro.

Questionado se a dissolução do parlamento que suporta o governo não leva a sua queda, respondeu: "o parlamento não suporta o Presidente da República. Suporta o governo".

"Quem me suporta é o povo. Eu tenho compromisso com o povo. O que quero garantir é que o teatro e a desordem não terão lugar mais nesta terra.

Salienta-se que a Guiné-Conacri, país da África Ocidental que faz a fronteira, na zona sul, e leste com a Guiné-Bissau, um dos mais pobres do mundo, enfrenta, nos últimos meses, uma crise política e económica, agravada pela pandemia de covid-19.

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