terça-feira, 9 de novembro de 2021

Sociedade civil guineense acusa deputados de não discutirem problemas do país

Um dos pontos em agenda da sessão que teve início no dia 4 de Novembro e deve durar até 15 de Dezembro no Parlamento da Guiné-Bissau, era um debate sobre o Estado da Nação. Mas, à última da hora, na passada quinta-feira, os deputados suprimiram esse ponto. A sociedade civil guineense não gostou do gesto e vários sectores acusam os deputados de falta de sensibilidade para com os verdadeiros problemas que afectam os guineenses.

A decisão de retirar da ordem dos trabalhos o debate sobre o Estado da Nação foi dos partidos que suportam o Governo no parlamento. Os deputados dos partidos Madem G-15, do PRS e cinco parlamentares dissidentes do PAIGC constituem a maioria no parlamento.

Tudo apontava para um debate no Parlamento para que os deputados pudessem questionar o Governo sobre a situação social do país, marcada por ondas de greves na Saúde e na Educação, mas a maioria assim não quis.

Este posicionamento tem sido, no entanto, questionado e até criticado por vários sectores da sociedade guineense. Agora é a vez do líder do Parlamento Nacional Infantil, Júnior Tamba, questionar se realmente os deputados séniores querem o bem da população guineense.

"Nós acreditamos que todas as discussões na Assembleia Nacional Popular vão ter repercussões na vida da nossa população e principalmente na vida das nossas crianças, então esse comportamento dos deputados influencia de uma forma negativa a vida da população e a vida das crianças. O resultado é que não vamos ter respostas imediatas nem discussões sobre problemáticas que afectam a vida da nossa população".

No próximo dia 17, a central sindical União Nacional dos Trabalhadores da Guiné, UNTG, tem projectada uma marcha pacífica em Bissau para demonstrar o desagrado dos trabalhadores pela situação social na Guiné-Bissau.
Rispito.com/RFI, 09/11/2021

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