quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

LGDH exige libertação dos presos de 1 de Fevereiro de 2022

O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), exigiu hoje ao Estado da Guiné-Bissau, o cumprimento escrupoloso das decisões judiciais, sobre a libertação de mais de 17 presos acusados de terem participado numa tentativa de golpe de estado ocorrida no passado dia 1 de Fevereiro de 2022.

Em conferência de imprensa, Augusto Mário defendeu que em nenhuma circunstância a violência é solução para qualquer problema, e advertiu que a violência, pelo contrário, conduz um país ao abismo.

“Condenamos esse ato, e exigimos as autoridades judiciais um esclarecimento cabal das circuntâcias em que o caso 1 de Fevereiro ocorreu. Os cidadãos guineenses precisam saber o que, efectivamente, se passou, quem são os responsáveis, e que essas pessoas sejam responsabilizadas”, disse Augusto Mário.

Segundo o Presidente da LGDH, alguns dos concidadãos guineenses se encontram detidos e acusados de terem envolvidos na tentativa de golpe de Estado, no dia 1 de Fevereiro do ano passado, durante uma reunião do Conselho de Ministros, no Palácio do Governo, em Bissau.

Acrescentou que, segundo decisões judiciais, foi ordenado as suas solturas, mas que até o momento, o referido mandato de soltura não foi cumprido, e que essas pessoas continuam na “situação de sequestro”.

“Exigimos que a justiça seja feita, os que não têm a responsabilidade e que a justiça já apurou que, efectivamente, não existem factos, não existem elementos comprovatórios que possam conduzir a sua responsabilização, que sejam postos em liberdade”, defendeu o Presidente da LGDH.

Segundo Augusto Mário, mais de 17 dos concidadãos guineenses se encontram ilegalmente presos nas celas, não obstante o Tribunal da Relação ter já imitido um madato de soltura a favor das referidas pessoas, e o próprio Ministério Público, titular da acção penal e promotor do processo, também já ordenou a soltura dessas pessoas.

“Perante esta situação, a LGDH insta mais uma vez o Ministério Público (MP), a continuar diligências no sentido de assegurar a libertação efectiva dessas pessoas em relação as quais não existem indicios suficientes que justifiquem as suas detenções”, disse o responsável máximo da LGDH.

Instou por outro lado ao Estado da Guiné-Bissau, a respeitar as decisões judiciais, e utilizar todos os mecanismos legais para efetivamente cumprir com as decisões judiciais emitidas em relações as pessoas cuja a liberdade foi ordenada. 
ANG

Sem comentários:

Enviar um comentário

ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público