terça-feira, 7 de novembro de 2017

Cipriano Cassamá denuncia tentativas para invadir Assembleia Nacional Popular

O presidente do parlamento guineense, Cipriano Cassamá, denunciou hoje ameaças de invasão à Assembleia Nacional Popular por parte de apoiantes do chefe de Estado, José Mário Vaz, do Partido de Renovação Social e do grupo dos 15.

"A absurda crise político-institucional que abala a Guiné-Bissau há mais de dois anos estava circunscrita a debates e troca de argumentos de parte a parte. Contudo, de algum tempo a esta parte, a Assembleia Nacional Popular tem vindo a sofrer ameaças de invasões da sua sede por parte de apoiantes do Presidente da República, do PRS e do grupo dos 15 dissidentes expulsos do PAIGC, assim como as sedes de alguns partidos", refere, em comunicado à imprensa.

No comunicado, o gabinete do presidente do parlamento [membro do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC)], refere que as "instalações da Assembleia Nacional Popular (ANP) foram alvo de uma tentativa de assalto, travado pelo corpo de segurança afeto a esta instituição, tendo sido causados danos materiais no edifício".

"A 01 de novembro, mais um alarme preocupante de possível violação da sede da ANP soou junto das forças de ordem e, na sequência do comunicado emitido pelo ministro de Estado e do Interior, foram acionadas medidas especiais de segurança junto às instalações" do parlamento, assim como junto à "sede de uma formação política".

Para o presidente do parlamento Cipriano Cassamá, "todos estes atos contrários à ordem estabelecida num Estado de Direito democrático estão a ser desencadeados por parte das hostes do Presidente da República, do PRS e do grupo dos 15, colocando as partes visadas na necessidade de se proteger e defender, perante a ausência de medidas preventivas e dissuasoras desses intentos".

No comunicado, Cipriano Cassamá lamenta que apesar da "escalada da tensão na crise guineense", a comunidade internacional continue em "silêncio", o que considera estranho, porque a sua missão é a de "proporcionar paz e estabilidade aos guineenses".

O presidente do parlamento guineense apela à calma, serenidade e espírito de civismo de todos os cidadãos guineenses, salientando que vai continuar a tomar "todas as diligências necessárias para encontrar uma solução para a crise prevalecente no país", que passa pela aplicação do Acordo de Conacri.
Rispito.com/Lusa, 07-11-2017

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