quarta-feira, 5 de junho de 2019

PR  pede unidade e lembra que todos são filhos da mesma terra

A imagem pode conter: 3 pessoas, pessoas a sorrir, pessoas em pé e interioresO Presidente guineense, José Mário Vaz, apelou hoje à unidade do país, salientando que todos são filhos da mesma terra e que se devem juntar para levar a Guiné-Bissau para a frente.

"Devemos de unir-nos. Um vem de Calequisse, outro vem de Binar, outro vem de Farim, outro vem de Geba, outro vem de Nhacra. Nós todos viemos de lugares diferentes, mas tem uma coisa que nos une, nós somos filhos da Guiné-Bissau e foi a nós que as pessoas puseram à frente para levar esta terra para diante", afirmou José Mário Vaz.
O chefe de Estado referia-se aos lugares onde o próprio nasceu (Calequisse) e aos locais onde nasceram o presidente do parlamento guineense, Cipriano Cassamá (Binar), o presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira (Farim), do coordenador nacional do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Braima Camará (Geba) e do presidente do Partido de Renovação Social (PRS), Alberto Nambeia (Nhacra).

O Presidente guineense falava durante uma cerimónia na Presidência da República, a que chamou "Palácio do Povo", para receber cumprimentos da comunidade muçulmana por ocasião do final do Ramadão.

"Peço que esta reza que fizeram durante o período de jejum resfrie o coração das pessoas e peço a todos os que estão em redor das pessoas que referi, sobretudo, aos que têm mais influência para falarem com eles para fazermos tudo para sermos um só, porque só assim que conseguiremos levar o país para a frente", salientou.

José Mário Vaz sublinhou também que "não é bom" que os filhos da Guiné-Bissau atirem pedras uns aos outros, troquem insultos e falem mal do país.

"Como é que as pessoas olham para nós? Como é que nos podem respeitar?", questionou o Presidente, pedindo para que se esqueça o passado e lembrando que "não há que não se resolva depois de uma boa conversa".

"Este nosso problema de nos insultarmos uns aos outros, faz com que outros se aproveitem para nos insultar e nós não nos imiscuímos nos problemas de ninguém, porque está terra foi conquista com sangue, suor e lágrimas e não deve existir ninguém que venha criar problemas entre nós. Nós somos os únicos filhos da Guiné-Bissau e não devemos deixar", disse o chefe de Estado.

Quase três meses depois das eleições legislativas, a 10 de março, o novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau ainda não foi indigitado pelo Presidente guineense e o novo Governo também não tomou posse devido a um novo impasse político, que teve início com a eleição dos membros da Assembleia Nacional Popular.

Depois de Cipriano Cassamá, do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), ter sido reconduzido no cargo de presidente do parlamento, e Nuno Nabian, da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), ter sido eleito primeiro vice-presidente, a maior parte dos deputados guineenses votou contra o nome do coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Braima Camará, para segundo vice-presidente do parlamento.

O Madem-G15 recusou avançar com outro nome para cargo e apresentou uma providência cautelar para anular a votação, mas que foi recusada pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Por outro lado, o Partido de Renovação Social (PRS) reclama para si a indicação do nome do primeiro secretário da mesa da assembleia.

O parlamento da Guiné-Bissau está dividido em dois grandes blocos, um, que inclui o PAIGC (partido mais votado nas legislativas, mas sem maioria), a APU-PDGB, a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, com 54 deputados, e outro, que juntou o Madem-G15 (segundo partido mais votado) e o PRS, com 48.

O Presidente guineense, que termina o mandato a 23 de junho, tem afirmado que só nomeia o futuro primeiro-ministro, depois de haver um entendimento para a eleição da mesa da Assembleia Nacional Popular.
Rispito.com/Lusa, 05-06-2019

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