sexta-feira, 29 de setembro de 2017

ALBERTO NAMBEIA E FLORENTINO MENDES PEREIRA RENOVAM MANDATOS NO PRS

Partido da Renovação Social, depois de três dias reunidos num congresso, os delegados acabaram de fazer a escolha da nova direção do partido.
A direção cessante, Alberto Mbunhe Nambeia e Florentino Mendes Pereira, acabaram de ganhar os lugares de Presidente e Secretario-Geral de PRS, respetivamente.

Conforme a contagem da votação, em primeiro vem  Alberto Nambeia, líder cessante, Artur Sanhá e Sola Nkilin Na Bitchita, ja que Ibraima Sori Djaló, Fernando Correia Landim, Aladje Soncó e Aladje Nanque, desistiram à favor de Artur Sanhá. Enquanto que, Ribana Na Nkek, decidiu apoiar Alberto Nambeia.

O pronunciamento oficial que ditou o resultado da contagem, Alberto Nambeia foi reeleito com 808 votos, seguido de Artur Sanhá com 71 votos e Sola Nquilin com apenas 24 votos.

No lugar de Secretário-Geral,  Florentino Mendes Pereira foi reeleito com 868 votos, deixando  o seu unico adversário, Duarte Quadé  com 65 votos.

Assim, PRS conseguiu encerrar o congresso com calma e passividade, legitimando necessariamente os órgãos diretivos do partido.
Rispito.com, 29-09-2017

COM DIFICULDADES FINANCEIRA, FAMILIARES E AMIGOS LUTAM PARA TRANSLADO DO CORPO DO ESTUDANTE GUINEENSE FALECIDO NO BRASIL.

Os familiares e amigos do estudante guineense, Maurício Caby, falecido no dia 25 de Setembro do corrente, no Brasil, concretamente, no Estado de Rio de Janeiro, vítima de doença, deparando com dificuldades financeiras, estão se diligenciando para angariar recursos financeiros para as despesas do translado dos restos mortais do estudante. 
Já está em curso uma campanha para recolher os apoios financeiros no Brasil e fora. Nessa perspectiva, são estendidos os pedidos para as autoridades governamentais da Guiné-Bissau, em particular, nas figuras de Presidente da República, José Mário Vaz, Presidente da Assembleia Nacional, Cipriano Cassama, e Primeiro-ministro, Umaro SissokoEmbaló.

Segundo os amigos do malogrado no Rio de Janeiro, das ofertas dos serviços das agências funerárias, melhor orçamento disponível para preservação do corpo e translado, totaliza 22.000 reais, equivalente ao (6.627 dólar, 5.626 euros, 3.862.980 FCFA), com acréscimo a mais ou menos, dependendo da variação do câmbio no dia.

Mauricio Caby, natural de Nhacra, norte da Guiné-Bissau, era vulgarmente conhecido por Poeta, pela sua grande paixão por arte de poesia e literatura. Veio para Brasil com sonho de se formar e retornar para contribuir na construção e desenvolvimento do seu país que tanto amou. Após terminado a sua graduação em Letras e Literatura Brasileira, pela Faculdade de Letras da Fundação Educacional Unificada Campo Grandense (FAUC-RJ), recentemente, prosseguiu os seus estudos para pós-graduação em Psicopedagogia-clínica na mesma instituição de ensino.

Se agradece qualquer apoio e colaboração em fazer chegar este apelo a essas autoridades do Estado da Guiné-Bissau.
  
CONTATOS:
Wilsom Rodrigues – (0055) 21 98303987
Amara Nadua–  (0055) 27 997266615
Humberto Gomes –  (0055) 21 981449224
Nataniel Sanhá – (0055) 48 996978811

nataniel005@hotmail.com

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Cipriano Cassamá reage ao discurso proferido por José Mário Vaz

O presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, insistiu nesta quinta-feira, em Bissau, com o chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, para cumprir com o Acordo de Conacry e deixar de violar a Constituição do país, noticiou a Lusa.
"A ANP reitera, mais uma vez, o convite ao senhor Presidente da República a concentrar os seus esforços na aplicação à letra e ao espírito do Roteiro de Bissau e do Acordo de Conacry, por serem instrumentos que comportam soluções equilibradas, consensuais e capazes de fazer voltar a funcionar o plenário da Assembleia Nacional Popular", refere o gabinete do presidente do parlamento, em comunicado enviado à imprensa.

No documento, Cipriano Cassamá ressalva que "não é por mero acaso que as instituições internacionais aplaudem aqueles instrumentos e exortam o senhor Presidente da República, identificado como o único entrave à solução para a crise que se vive na Guiné-Bissau, a implementá-los".
Cipriano Cassamá reagia ao discurso proferido por José Mário Vaz no passado domingo, por ocasião das comemorações do 44.º aniversário da independência do país.

No discurso, José Mário Vaz afirmou que a solução do actual impasse político que o país atravessa está no parlamento e que cumpriu o Acordo de Conacry ao nomear um primeiro-ministro com base no consenso que obteve de mais de 50 por cento dos deputados.

"É verdade que o Governo é uma emanação da maioria parlamentar, porém a nomeação do primeiro-ministro é decretada pelo Presidente da República, tendo em conta os resultados eleitorais e ouvidas as forças políticas representadas no país", refere Cipriano Cassamá.

Segundo o presidente do parlamento, a Constituição não atribui nenhuma "prerrogativa aos deputados, nem às bancadas e muito menos a um grupo de deputados determinarem a escolha do primeiro-ministro, mas sim às formações políticas através das direcções dos respectivos partidos".
"Posto isto, tentar justificar a escolha do primeiro-ministro por determinação de um grupo de deputados e de um partido é um golpe mortal à nossa Constituição", sublinha.

O presidente do parlamento guineense explica também que a Constituição "não ordena ao Presidente da República a auscultação dos deputados e grupos parlamentares para a nomeação do primeiro-ministro, mas sim dos partidos políticos com assento parlamentar".

No comunicado, Cipriano Cassamá destaca também que "pintar" a situação da Guiné-Bissau como o "país das maravilhas, evidencia não só um total desprezo pelo sofrimento do povo, como é gozar com os cidadãos perante as afrontas das ilegais restrições impostas aos seus legítimos e constitucionais direitos de forma arbitrária e despótica pela simples veleidade do senhor Presidente e seus acólitos".

No comunicado, Cipriano Cassamá critica também a falta de liberdade de imprensa, a repressão e proibição das marchas e simples reuniões de cidadãos, as más condições dos sectores da saúde e da educação e o aumento dos preços dos bens de primeira necessidade.
"A Assembleia Nacional Popular reafirma a sua total disponibilidade de continuar a trabalhar e a colaborar com as iniciativas que visam retirar o povo guineense deste imerecido sofrimento em que foi votado tendo como balizamento a implementação do Acordo de Conacry", conclui.

O actual Governo da Guiné-Bissau não tem o apoio do partido que ganhou as eleições com maioria absoluta, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem a um consenso para a aplicação do Acordo de Conacry.

O Acordo de Conacry, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), prevê a formação de um Governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, entre outros pontos.
Rispito.com/Lusa, 28-09-2017

Banco da África Ocidental apoia construção de centrais solares na Guiné-Bissau

O Banco de Desenvolvimento da África Ocidental (BOAD) anunciou esta quinta-feira que aprovou um financiamento de cerca de 38 milhões de euros na Guiné-Bissau para a construção de três centrais solares fotovoltaicas em Bissau, Canchungo e Gabu.

A aprovação do investimento foi feita quarta-feira durante a reunião ordinária do conselho de administração do BOAD, que decorreu em Abidjan, na Costa do Marfim.

Segundo o comunicado, divulgado na página na Internet do BOAD, os 38 milhões de euros (cerca de 25 mil milhões de francos cfa) são para financiar a construção de uma central solar fotovoltaica com a potência de 20 megawatts em Bissau e duas pequenas centrais solares fotovoltaicas de 1 megawatts nas cidades de Gabu e Canchungo.
A implementação do projeto vai permitir que aproximadamente 500.000 habitantes tenham acesso a energia elétrica, reduzir as emissões de gases de efeito de estufa em 24.100 toneladas e melhor o abastecimento de água potável através da instalação de moinhos e plataformas”, explica, no comunicado, a instituição financeira.
Rispito.com/RTP, 28-09-2017

 LGDH classifica de "infelizes" declarações de Umaro Sissoco

A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) considerou de infelizes as declarações do primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embalo, que na terça-feira, 26, revelou ter dado ordens ao ministro do Interior e o ministro da Defesa para prenderem todas as pessoas que “insultarem” o Presidente da República ou qualquer órgão do Estado guineense.
"Tenho poderes para tal", enfatizou Embalo, que afirmou querer "dignificar os valores da República" com a medida para "acabar com a balburdia" país, onde nunca houve insultos às figuras do Estado.
“O primeiro-ministro tem que compreender que o Estado da Guiné-Bissau é um Estado de direito e democrático, baseado nos princípios da legalidade de todos ao actos das entidades públicas”, disse o presidente da LGDH, acrescentando que “não se pode pensar que, num Estado de Direito, quando alguém se critica, essa pessoa tem que ir parar à cadeia).
Augusto Mário da Silva aconselha os ministros do Interior e o da Defesa a ignorarem a ordem do primeiro-ministro porque não têm a obrigação de a cumprir.
“O dever de obediência cessa quando a ordem dada é manifestamente ilegal”, acrescentou Silva.
Para aquele activista,as ameaças de Umaro Sissoco Embaló ”expressa o desconhecimento total das normas que regem o funcionamento do Estado” porque “a força não é o monopólio do PM, a força é do Estado da Guiné-Bissau e deve estar ao serviço dos cidadãos”.
Contactado pela VOA, o jurista Silvestre Alves lembra que os poderes são separados constitucionalmente e não é por acaso.
“Cada um tem a sua função, o poder judicial tem a sua função, em nome da protecção dos direitos dos cidadãos, acrescenta Alves.
Rispito.com/VOA, 28-09-2017

terça-feira, 26 de setembro de 2017

PSD enaltece contributo do PRS na construção democrática da Guiné-Bissau

Image result for Braga de Macedo psd portugalO responsável pelas relações externas do Partido Social Democrata (PSD), Braga de Macedo, sublinhou hoje o "grande contributo" que o Partido da Renovação Social (PRS) está a dar à democracia na Guiné-Bissau.
Braga de Macedo falava durante a sessão de abertura do quinto congresso do PRS que teve hoje início nos arredores de Bissau.
No seu discurso, intercalado durante várias passagens com palmas dos congressistas, Braga de Macedo, que lidera uma delegação de quatro elementos do PSD, destacou a projeção do PRS a nível internacional, destacando o facto de o partido guineense pertencer a família da IDC (Internacional Democrata Centrista) ao lado de outros partidos de muitos quadrantes do mundo.
Braga de Macedo, que se faz acompanhar por Carla Barros, Pedro Pinto e Válter Teixeira, disse não ser possível avaliar "com propriedade" o momento atual da política guineense, tendo em conta "uma realidade flutuante", mas destacou ser "inegável o contributo do PRS na construção democrática" da Guiné-Bissau.
Disse também que Alberto Nambeia, o presidente que se recandidata ao cargo, escreveu uma carta ao líder do PSD, Pedro Passos Coelho, a quem pediu apoios para capacitação de militantes trabalhadores e juventude do PRS e na preparação em questões autárquicas.
O quinto congresso do PRS foi também marcado pelo discurso de boas-vindas de Alberto Nambeia aos congressistas aos quais pediu que mantenham a coesão e unidade do partido rumo à vitória nas próximas eleições legislativas em 2018.
Alberto Nambeia afirmou ainda que o PRS "é hoje um partido de dimensão verdadeiramente nacional, conhecido e respeitado a nível internacional", tendo destacado, nesse particular, a sua adesão ao IDC, facto que, disse, permitiu a que partidos homólogos da Costa do Marfim, da Guiné-Conacri, o MpD de Cabo e o PSD de Portugal, estivessem a presenciar o congresso dos renovadores.
Entre os convidados que presenciaram a abertura do quinto congresso do PRS, destaca-se o secretário nacional do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), Aly Hijazi.
Rispito.com/Lusa,

QUEM INSULTAR O PRESIDENTE DA REPUBLICA VAI SER PRESO

A partir de hoje, na Guiné-Bissau, quem insultar o Presidente da republica, José Mário Vaz,  vai ser preso... 
As palavras são do primeiro ministro guineense, Umaro Sissoco Embaló no ato da cerimonia de promoção de mais de cem policias no Ministério da Administração Interna, que decorreu hoje em Bissau.
Para fazer valer as suas palavras e de concretização dessa decisão, Umaro Sissoco Embaló disse que já deu instruções ao ministro de Interior e o ministro da defesa para o cumprimento imediato das ordens.

Embaló ainda foi mais longe ao dizer que as suas ordens são para se cumprir na integra, sem exceção de ninguém, inclusive ele mesmo como chefe de governo, acrescentando uma forte advertência de que se os ministérios em causa não cumprirem as ordens, quem será aprisionado são os próprios ministros da tutela. 
"Nos Estados Unidos de América, quem insultar o Presidente Trump é detido, em França, idem aspas, no Senegal há pessoas que ficaram um ano na prisão, por ordens do Presidente Macky Sall, que haviam insultado", afirmou Umaro Sissoco Embaló.
"Nós aqui pensamos que insultar o chefe do Estado dá fama", observou Embaló, dando ordens diretas aos ministros do Interior, Botche Candé, e da Defesa, Eduardo Sanhá, para que prendam os que insultarem José Mário Vaz.
A medida também abrange quem insultar o presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, e o primeiro-ministro, precisou Sissoco Embaló, que prometeu mandar prender o ministro do Interior se este não detiver quem ousar insultar uma daquelas três figuras do Estado guineense.
"Tenho poderes para tal", enfatizou o chefe do executivo guineense, que quer "dignificar os valores da República" com a medida para "acabar com a balburdia" na Guiné-Bissau.
Rispito.com, 26-09-2017

24 DE SETEMBRO DE 2017: uma conversa doce totalmente falsa do nosso S. Exa. So Presi, Dr. JOMAV

I – Breve nota de partida
Dia (24.09.2017), no seu discurso em Gabú, alusivo às celebrações do 44º aniversário da proclamação unilateral e vitoriosa da Independência do nosso país, a Guiné-Bissau, o nosso S. Exa. So Presi, Dr. JOMAV diz que quer “COLOCAR O PAÍS EM ORDEM E NO RUMO CERTO”, entre outras.
Com efeito, esta sua conversa doce (konbersa sabi) é falsa. É uma falsidade to-tal. Falsidade entendida no sentido de execução de um gesto(declaração ou discurso; decisão; adesão; aliança; apoio; abandono; nomeação; demissão; ideia; etc.) com a deliberada intenção de enganar os outros.Eis a explicação em direto, à atenção do nosso S. Exa. So Presi, Dr. JOMAV e a todos seus atuais apoiantes, em aberto ou camuflado, locais ou de fora (no estrangeiro).

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

JOSÉ MÁRIO VAZ - A CRISE POLITICA DO PAÍS ESTÁ NAS MÃOS DO PARLAMENTO

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, afirmou  que a solução da crise política no país está nas mãos do parlamento, que deverá voltar a funcionar.
"A solução da crise não está nas mãos da comunidade internacional. Ela está dentro da Assembleia Nacional Popular, que deverá voltar a exercer a sua função Constitucional", disse o chefe de Estado, num discurso proferido em Gabu, leste do país, por ocasião das cerimónias para assinalar o 44.º aniversário da independência do país.
O parlamento da Guiné-Bissau está encerrado há cerca de dois anos devido a divergências profundas entre as duas principais bancadas, a do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, vencedor das legislativas de 2014) e do Partido de Renovação Social (PRS).
As duas bancadas não se entendem sobre os temas a constar na agenda de trabalhos e nem sobre o lugar dos 15 deputados dissidentes do PAIGC, que tinham sido expulsos do partido e do parlamento, mas que, entretanto, foram readmitidos pela justiça na Assembleia Nacional Popular, apesar do regimento não prever deputados independentes.
"Há dois anos foi interrompida uma sessão legislativa de forma irregular e até hoje a Assembleia Nacional Popular, única instituição do Estado que não está a funcionar regularmente, apesar da petição da maioria dos deputados, exigindo a abertura da casa da democracia, mas por vontade de uma minoria continua encerrada. É hora de pôr termo definitivo a esta situação anómala", salientou.
Para o Presidente, os guineenses devem rapidamente "desbloquear o funcionamento do parlamento e promover o entendimento entre deputados".
Sobre o Acordo de Conacri, José Mário Vaz insistiu que foi aplicado porque quando nomeou primeiro-ministro Umaro Sissoco Embaló foi com base no consenso que obteve de mais de 50% dos deputados.
"Assim, o Presidente agiu em obediência estrita à Constituição da República da Guiné-Bissau e não violou o Acordo de Conacri, porque este acordo não prevê a escolha nem por maioria e nem por unanimidade, mas sim por consenso", disse.
O Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, entre outros pontos.
"O então partido maioritário (PAIGC) foi convidado a integrar o governo de acordo com a sua representação parlamentar. Porém, esse partido recusou publicamente integrar o executivo, violando assim o compromisso por ele assumido em Conacri", salientou.
O atual Governo da Guiné-Bissau, de iniciativa presidencial, não tem o apoio do PAIGC e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem para um consenso para a aplicação do Acordo de Conacri.
O Presidente sublinhou também que o Acordo de Conacri não é um acordo internacional, mas sim um acordo alcançado entre as partes internas em litígio.
"As partes signatárias não estão investidas de poderes para rubricarem Acordos Internacionais em nome do Estado da Guiné-Bissau. Trata-se de equívocos intencionais criados para colocar em causa a soberania da Guiné-Bissau, que é irrevogável e inegociável", disse, concluindo que os acordos servem para unir.
Rispito.com/DN, 25-09-2017

JOSÉ MÁRIO VAZ NA TOMADA DE POSSE DE JOÃO LOURENÇO

O chefe de Estado da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, viajou hoje para Luanda, Angola, para participar na terça-feira na cerimónia de tomada de posse do Presidente eleito nas eleições angolanas de 23 de Agosto, João Lourenço.

"É uma honra para nós participarmos neste ato que simboliza as relações fortes de amizade entre a Guiné-Bissau e Angola, que existem desde a luta de libertação nacional. É neste sentido que com muita honra vamos representar o nosso país ao mais alto nível", afirmou o chefe de Estado guineense, numa curta declaração à imprensa no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, em Bissau.

A tomada de posse do Presidente eleito nas eleições gerais angolanas de 23 de Agosto, João Lourenço, vai contar com a presença de mais de mil convidados nacionais e estrangeiros, entre os quais 30 chefes de Estado e de Governo, incluindo o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa.
Rispito.com/RTP, 25-09-2017

PRS EM CONFRONTO NA DISPUTA PARA LIDERANÇA

Alguns candidatos à liderança do Partido de Renovação Social (PRS) da Guiné-Bissau, que na terça-feira inicia o seu quinto Congresso, acusam a atual direção de alimentar o impasse político que o país atravessa.

"A forma como esta direção está a conduzir o PRS representa um perigo para o partido no futuro. É errada a forma como Alberto Nambeia (atual presidente do partido) tem estado a conduzir o PRS, porque está a criar um precedente grave em democracia", afirmou o candidato Sori Djalo, antigo presidente do parlamento guineense.
"Um partido ganha as eleições, mas aparece outro, neste caso o nosso partido, que não ganhou, a governar. Isso é mau para a democracia. Imagina que se amanhã o PRS vem a ganhar as eleições e se alguém lhe tirasse o poder e entregasse a quem perdesse as eleições. Eu quero colocar um ponto final nisso. Queremos mudar a direção do partido para estancar esta hemorragia democrática", disse Sori Djaló.
Sori Djalo vai mais longe e diz que vai questionar no congresso o atual presidente do partido sobre um alegado acordo com o atual Presidente da República, José Mário Vaz, para o apoiar nas próximas eleições presidenciais.

O antigo primeiro-ministro do país Artur Sanhá, também candidato à liderança do partido, partilha da mesma opinião.
"Infelizmente, se não voltarmos para trás vamos ter muita dificuldade de sair desta crise", afirmou Artur Sanhá, alertando que a atual situação pode transbordar para a próxima legislatura.
Para Artur Sanhá, é preciso as pessoas sentarem-se à mesa e "desenharem uma solução única para a Guiné-Bissau em vez de uma solução fragmentada e infrutífera", que "castiga o povo e atrasa o país".
Salientando que avisou "muito cedinho" o parlamento guineense sobre o caminho que o país estava a seguir, Artur Sanhá admite que poderá haver muitas dificuldades para sair da atual crise.
"As próximas eleições legislativas serão eleições cujo resultado vai refletir um parlamento fraturado e de bancadas desavindas. Isso interessa a quem, qual é o resultado disso?", questionou Artur Sanhá.

Já o atual presidente do partido, que se recandidata ao cargo, Alberto Nambeia, considerou que o PRS "sempre esteve do lado da parte que tem razão na crise".
Para Alberto Nambeia, só a estabilidade do país interessa.
"Quero ver a Guiné-Bissau como os outros países, os nossos vizinhos, por exemplo. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Os guineenses têm essa cultura de 'matchundadi' (valentia), mas temos estado a apelar que devemos deixar essa cultura e apostamos mais na cultura da unidade", disse.
Rispito.com/RTP, 25-09-2017

domingo, 24 de setembro de 2017

Guiné-Bissau defraudou as "melhores expectativas" dos seus filhos

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, afirmou hoje que o país defraudou as expectativas do povo e o sonho da independência deu lugar à deceção.
"Após a independência, os guineenses sentiram na pele o que é viver num país desestruturado e os sonhos deram lugar à deceção, depois de uma luta armada bem-sucedida. O país defraudou as melhores expectativas dos seus melhores filhos até chegarmos ao ponto onde estamos hoje", disse o Presidente guineense.
José Mário Vaz falava na cidade de Gabu, leste do país, onde decorrem as cerimónias para assinalar o 44.ª aniversário da independência da Guiné-Bissau e para onde viajou depois de durante a manhã ter deposto, em Bissau, uma coroa de flores no túmulo de Amílcar Cabral, 'pai' da luta pela independência do país.
Para o Presidente guineense, o "Estado e as suas instituições existem só para os mais fortes e a grande maioria está entregue à sorte".
"Eu sou e serei o Presidente dos fracos, dos injustiçados, dos pobres e dos excluídos. Eu sou o Presidente da mudança para que fui eleito e da concretização dos sonhos da Independência que todos esperam", salientou.
Sublinhando que a Guiné-Bissau estará perdida, caso os fundamentos que estiveram na base da vitória pela independência não sejam revisitados, José Mário Vaz disse que o passado continua a "ensombrar" o presente, porque não há entendimentos e compromissos com o povo e o país.
"Hoje estamos confrontados com problemas de governação, e muitas das vezes transferimos as nossas responsabilidades no sentido de confiarmos mais nos outros lá de fora, do que em nós próprios, cá dentro", afirmou.
Explicando que ganhou "inimigos poderosos internos e externos" por querer colocar o "país em ordem", José Mário Vaz lembrou que foi eleito para "defender os interesses do povo guineense e não para servir interesses alheios" à população e à Guiné-Bissau.
Nesse sentido, o Presidente reforço que nos últimos três anos o país vive um "ambiente de paz", não foram registados tiros nos quartéis, violação dos direitos humanos, ninguém foi morto ou espancado por questões políticas e que a "comunicação social guineense funciona num registo de plena liberdade de imprensa e expressão". .
Rispito.com/Lusa, 24-09-2017

Seis partidos declaram "fim de tréguas" e ameaçam com manifestações 

Seis partidos políticos da Guiné-Bissau declararam o "fim de tréguas" e ameaçaram com "atos de desobediência e manifestações", acusando o Presidente de "jogo político" para manter um Governo "ilegal, inconstitucional e caduco".

O anúncio foi feito numa conferência de imprensa conjunta do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Convergência Democrática (PCD), União para a Mudança (UM), Partido da Unidade Nacional (PUN), Movimento Patriótico (MP) e Partido da Solidariedade e do Trabalho (PST), realizada numa unidade hoteleira em Bissau.

Aqueles partidos políticos anunciaram o "fim de tréguas" depois do final dos 90 dias pedidos pelo Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, à Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO), a 26 de junho, durante a cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização, realizada em junho, em Monróvia, para ultrapassar internamente o impasse político que o país atravessa.

"Cumpridos os 90 dias anunciados em Monróvia (...) está confirmada a intenção [do Presidente] de manter manobras dilatórias e o jogo político para a preservação do 'status quo' e a continuidade de um Governo ilegal, inconstitucional e caduco", refere, num comunicado divulgado aos jornalistas, o grupo de partidos.

Perante o que dizem ser o "caminho da discórdia, do separatismo, das inverdades, do conflito, do aproveitamento geral político e da crise" escolhido pelo Presidente, os partidos decidiram "declarar o fim de tréguas e convocar as suas respetivas bases de apoio, os demais partidos políticos guineenses, a sociedade civil e o povo guineense em geral" para juntos acabarem com a "situação política prevalecente" e "resgatar o Estado de Direito Democrático".

Os seis partidos responsabilizam também o Presidente da República e o seu Governo por "todas as consequências que derivem da presente teimosia em não cumprir com os acordos assumidos e respeitar as deliberações das organizações internacionais".

Em causa está o cumprimento do Acordo de Conacri, um instrumento (CEDEAO) que prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, entre outros pontos.

Os partidos salientam que, se não se registarem "ações concretas para aplicação do Acordo de Conacri", vão ser convocados "atos de desobediência e manifestações políticas" para demonstrar o "inconformismo" e denunciar a "subversão da ordem constitucional em que o país está mergulhado há mais de dois anos".

No comunicado, os partidos exortam também a comunidade internacional para "assumir responsabilidades e fazer respeitar as decisões das suas instâncias competentes, nomeadamente a CEDEAO, Conselho de Paz e Segurança da União Africana e do Conselho de Segurança da ONU".

O atual Governo da Guiné-Bissau, de iniciativa presidencial, não tem o apoio do partido que ganhou as eleições com maioria absoluta, o PAIGC, e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem a um consenso e à aplicação do Acordo de Conacri.

No comunicado, os partidos políticos lamentam também que a atitude do chefe de Estado guineense "impeça o levantamento das sanções sobre a Guiné-Bissau e particularmente sobre os militares que têm tido um comportamento globalmente positivo, exortando a que se "mantenham distanciados do jogo político".

Os partidos salientam ainda que, se não se registarem "ações concretas para aplicação do Acordo de Conacri", vão ser convocados "atos de desobediência e manifestações políticas" para demonstrar o "inconformismo" e denunciar a "subversão da ordem constitucional em que o país está mergulhado há mais de dois anos".
Rispito.com/Lusa, 24-09-2017

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Guiné-Bissau vai ter Televisão Digital Terrestre

O Governo da Guiné-Bissau fez uma parceria com uma empresa chinesa para instalar no país Televisão Digital Terrestre (TDT), anunciou hoje o ministro da Comunicação Social, Vítor Pereira.

"Estamos muito avançado nesse processo, como uma empresa com quem assinamos um contrato, a mudar o paradigma daquilo que existe em termos técnicos hoje em dia", afirmou, em conferência de imprensa, o ministro da Comunicação Social.
Segundo Vítor Pereira, a mudança do analógico para o digital é uma "exigência da União Internacional das Telecomunicações" e a Guiné-Bissau está a trabalhar com a empresa chinesa Startimes.
"Os trabalhos estão muito avançados e que vão ser concretizados a breve trecho", disse.

Vítor Pereira salientou que o processo não é fácil, mas a Televisão Digital Terrestre vai ser feita através de uma parceria público-privada com a criação de uma empresa, que vai passar a emitir os sinais de toda a gente.
A atualização do sistema de difusão na Guiné-Bissau vai ser acompanhada, segundo o ministro, de uma "reforma" nos órgãos de comunicação social guineenses, nomeadamente ao nível da formação e melhoria dos equipamentos.
"Eu reconheço a precariedade existente e o que quereria reafirmar é que apesar das grandes dificuldades que o país atravessa, com as próprias carências erário público, o Governo não poupa esforços no sentido de resolver os problemas", sublinhou.
Rispito.com/Lusa, 22-09-2017

UMARO SISSOCO FALOU NA ASSEMBLEIA GERAL DA ONU

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou que o país vai ultrapassar o impasse político e institucional, que vive há dois anos, com a ajuda dos parceiros internacionais, como a comunidade lusófona e a ONU.
"Com a paciência, sabedoria e solidariedade dos nossos parceiros internacionais -- a CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental], a União Africana, a CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa], e o secretário-geral da ONU, que mantém o seu representante especial na Guiné-Bissau -- vamos ultrapassar o impasse político e institucional que persiste no meu país", disse Umaro Sissoco Embaló, na quinta-feira, durante a 72.ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Na intervenção, de cerca de 16 minutos, o primeiro-ministro guineense disse estar satisfeito por estas organizações terem voltado a colocar a situação política da Guiné-Bissau nas suas agendas, e referiu o Acordo de Conacri, de 14 de outubro de 2016.
Patrocinado pela CEDEAO, o Acordo de Conacri prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento guineense e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado.
"Continuamos a viver um período de desafios institucionais na Guiné-Bissau, para os quais o Acordo de Conacri delineou soluções em outubro de 2016. São desafios ao funcionamento de algumas das nossas instituições fundamentais, nomeadamente o parlamento e governo", disse.
Umaro Sissoco Embaló sublinhou, no entanto, que "reina a paz civil" no seu país, e que "não há relatos de violações dos direitos humanos universais".
"O Estado e a sociedade civil estão muito longe de qualquer colapso político. Felizmente não estamos a contar mortos nem feridos na Guiné-Bissau, nem estamos a avaliar danos a propriedades públicas resultantes de qualquer colapso na autoridade do Estado", afirmou.
Umaro Sissoco Embaló falou também da economia guineense, indicando que as exportações de caju "bateram todos os recordes, o que teve um impacto positivo no ambiente social" do país.
Por outro lado, sublinhou que "o controlo das finanças públicas foi recentemente elogiado pelo Fundo Monetário Internacional e outros parceiros multilaterais".
O primeiro-ministro guineense disse que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU são também os desafios do seu país, mas alertou que "nenhuma estratégia de desenvolvimento é merecedora de tal título se, no caso da Guiné-Bissau, não começar com a colocação da segurança alimentar de forma sustentável no coração do conceito".
"Deixar que a Guiné-Bissau, um país com uma reconhecida ampla capacidade de produção agrícola, escorregue na dependência de elevados volumes de importação de arroz todos os anos foi certamente um dos piores erros económicos feitos", disse.
"O desafio que enfrentamos é muito claro: é o desafio político e económico da segurança alimentar, é o desafio moral de acabar com a fome, é um teste para assegurar uma situação de `fome zero` na Guiné-Bissau", acrescentou.
No plano interno, deixou ainda uma referência às mulheres, afirmando que na Guiné-Bissau elas "ainda estão longe de assumir o papel que merecem na sociedade e nas instituições em geral".
"A política de igualdade do género, e em específico a igualdade de oportunidades para as meninas e mulheres, é sem dúvida um teste para a democracia no meu país. É um grande desafio para os partidos políticos e para todos os responsáveis do governo", afirmou, instando "todos os atores políticos, económicos e sociais no país" a defenderem "os direitos das mulheres e, em geral, a promoção dos direitos humanos" na Guiné-Bissau.
Umaro Sissoco Embaló abordou ainda "as ameaças potenciais para ambas as ordens constitucionais internas dos Estados e a instabilidade política" na sub-região, apontando que "ações terroristas estão a afetar o Burkina Faso, o Mali, o Níger, a Costa do Marfim e a Nigéria, com claras consequências para a paz, coesão social e estabilidade".
Nesse sentido, o primeiro-ministro guineense defendeu que é necessário trabalhar em conjunto com a ONU e respetivas agências especializadas e com os parceiros internacionais para "transformar a sub-região num bastião de paz e segurança interna, e por extensão, num bastião na segurança internacional".
Rispito.com/RTP, 22-09-2017

PRS desvincula 65 dirigentes nacionais antes do congresso

O conselho nacional do Partido de Renovação Social (PRS) mandatou a comissão política para confirmar a desvinculação definitiva de 65 militantes, que violaram os estatutos do partido, disse fonte do PRS.
Segundo a mesma fonte, aqueles 65 militantes são membros do conselho nacional e, por inerência, poderiam participar no congresso como delegados, mas que são também militantes da Assembleia do Povo Unido - Partido Social Democrata da Guiné-Bissau (APU-PDGB) de Nuno Nabian, que ficou em segundo lugar nas presidenciais de 2014.
Naquelas eleições, Nuno Nabian foi apoiado por Kumba Ialá, fundador do PRS, mesmo contra a vontade do seu partido.

A mesma fonte explicou que os 65 militantes que foram desvinculados tiveram oportunidade de regressar ao partido, como fizeram outros, mas recusaram.
O PRS, segundo partido mais votado nas últimas eleições legislativas da Guiné-Bissau, vai realizar o seu quinto congresso entre os dias 26 e 29.
À liderança do partido vão concorrer nove candidatos, incluindo o atual presidente Alberto Nambeia.
Rispito.com/O Jogo, 22-09-2017

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Domingos Simões Pereira acusado de promover divisão do PAIGC

A antiga ministra do Interior Satu Camará, um dos 15 deputados expulsos da bancada do PAIGC, acusou o líder do partido, Domingos Simões Pereira, de promover a divisão de militantes e ainda de estar a querer mudar o posicionamento ideológico daquela força política.
Segundo Satu Camará, Domingos Simões Pereira quer que o PAIGC passe a ser um partido de direita "quando é e sempre foi de esquerda", disse.
O grupo dos 15, coordenado por Braima Camará, que ficou em segundo lugar na corrida à liderança do partido, ganha por Domingos Simões Pereira, entrou em rutura com a direção do PAIGC, tendo-se juntado ao PRS no parlamento para chumbar o programa de Governo do então primeiro-ministro, Carlos Correia.
O grupo dos 15 é um dos signatários do Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, bem como a reintegração daqueles elementos no PAIGC, entre outros pontos.
Rispito.com/DW, 21-09-2017

Angola aguarda "estabilidade política na Guiné-Bissau" para retomar cooperação

O embaixador de Angola na Guiné-Bissau, Daniel António Rosa, afirmou hoje que Luanda aguarda que haja estabilidade política para retomar os projetos de cooperação com o Governo guineense, entre os quais o da exploração da Bauxite.
Angola tem estado em contato com as autoridades da Guiné-Bissau, "mas aguarda que haja estabilidade política" na Guiné-Bissau para retomar os projetos, nomeadamente o de exploração da Bauxite guineense, disse o embaixador.
Daniel António Rosa falava aos jornalistas depois de um encontro com o chefe de Estado da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, para entregar o convite formal para as cerimónias de tomada de posse do Presidente eleito de Angola, João Lourenço, que se vão realizar na terça-feira.
Segundo o embaixador angolano, o projeto de exploração daquele mineral está orçado em mais de um mil milhões de dólares.
"O bauxite é um dos dossiês que temos com a Guiné-Bissau e acreditamos que não vai morrer, mas tudo dependerá da estabilidade política na Guiné-Bissau", defendeu ainda António Rosa.
Nas declarações aos jornalistas, António Rosa recordou que a cooperação foi suspensa na sequência do golpe militar ocorrido em Bissau em abril de 2012, que levou a saída forçada do contingente do exército angolano estacionado na Guiné-Bissau, Missang.
O embaixador angolano frisou que as autoridades de Luanda "não têm nenhuma saudade em recordar" o que se passou na altura do golpe militar em Bissau e só vão retomar os projetos de cooperação no domínio das Forças Armadas com a Guiné-Bissau depois da realização de uma "comissão mista" em Angola.
Rispito.com/Lusa, 21-09-2017

Os 15 propõem diálogo para acabar com crise no partido


O grupo de 15 deputados dissidentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) quer o diálogo para promover a reconciliação e acabar com a crise no partido, disse o deputado Rui Diã de Sousa.
A abertura de canais de diálogo através de uma comissão paritária entre a direção do PAIGC e os 15 deputados é uma das recomendações de um encontro de reflexão promovido por aquele grupo juntando outros militantes em desacordo com a direção.
A conferência de três dias decorreu numa unidade hoteleira de Bissau, sob o lema "Reflexão para salvação do PAIGC de Cabral", visando preparar o partido para os próximos desafios de forma coesa.
Os conferencistas apontaram um "diálogo franco e sincero" como "única via" para acabar com a crise política que dividiu os militantes e dirigentes do histórico partido guineense em dois grupos antagónicos.
Também apelaram às organizações da sociedade civil e a comunidade internacional para se juntarem aos esforços de aproximação das partes desavindas no PAIGC e ainda a retoma do funcionamento normal do parlamento para que aquele órgão possa aprovar pacotes de leis sobre as reformas no país.
Divergências entre atores políticos motivaram o bloqueio do Parlamento guineense há cerca de dois anos.
A antiga ministra do Interior Satu Camará, um dos 15 deputados expulsos da bancada do PAIGC, acusou o líder do partido, Domingos Simões Pereira, de promover a divisão de militantes e ainda de estar a querer mudar o posicionamento ideológico daquela força política.
Segundo Satu Camará, Domingos Simões Pereira quer que o PAIGC passe a ser um partido de direita "quando é e sempre foi de esquerda", disse.
O grupo dos 15, coordenado por Braima Camará, que ficou em segundo lugar na corrida à liderança do partido, ganha por Domingos Simões Pereira, entrou em rutura com a direção do PAIGC, tendo-se juntado ao PRS no parlamento para chumbar o programa de Governo do então primeiro-ministro, Carlos Correia.
O grupo dos 15 é um dos signatários do Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, bem como a reintegração daqueles elementos no PAIGC, entre outros pontos.
O atual Governo da Guiné-Bissau, de iniciativa presidencial, não tem o apoio do partido do PAIGC, ganhou as eleições com maioria absoluta, e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem a um consenso para a aplicação do Acordo de Conacri.
Rispito.com/Lusa. 21-9-2017

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

PST PARABENIZA PAIGC PELOS 61 ANOS DE VIDA E LUTA

Numa mega-comício realizada em Gabu, o Partido da Solidariedade e do Trabalho (PST) cujo o líder é forçado à asilo em Lisboa, na voz do seu Secretário-geral, Eng. Zacarias Baldé, apresentou as suas efusivas saudações de parabéns ao PAIGC, à sua Direção superior e militância pelos 61 anos de vida e luta do Partido de CABRAL que se comemorou neste dia 19 de Setembro.
Na ocasião, Zacarias Baldé sublinhou que os Partidos de inspiração cabralista, o PAIGC e o PST estão, mais de que nunca, decididos a não ' aceitar um regime que veio implantar-se única e exclusivamente para satisfazer os interesses pessoais de grupo, ...explorando o povo guineense' humilde e trabalhador. 

Irmanados por Amílcar Cabral, o PST e PAIGC, em aliança com os partidos integrantes do Espaço da Concertação Política, continuam convictos de que resgatarão o povo guineense das garras do regime da ingovernabilidade, afiançou  Zacarias Baldé. 
Rispito.com, 20-09-2017

Artur Sanhá em campanha para a liderança do PRS

Na passada segunda-feira, Artur Sanhá, antigo primeiro-ministro, apresentou aos militantes a sua candidatura à liderança do PRS e garantiu que se for eleito o partido terá um outro posicionamento perante a crise política que assola o país, no congresso que decorrerá entre 26 e 29 de Setembro, na localidade de Gardete, arredores de Bissau.

Artur Sanhá, antigo primeiro-ministro e ex-secretário-geral dos renovadores, criticou a posição do PRS em relação ao apoio ao presidente da República, que ele qualificou de integração do seu partido em governos sem consistência.

O congresso do PRS decorre  sob o lema “Consolidação do Estado de direto democrático para melhor servir a Guiné-Bissau". Os candidatos já abriram as hostilidades, pelo menos a nível verbal, com ataques e promessas de revelações bombásticas.

Artur Sanhá apresentou-se aos militantes para lhes garantir que, se for eleito, o PRS terá um outro posicionamento perante a crise política que assola o país. Sanhá  entrou em ruptura com o posicionamento da atual direcção do partido, que apoia as iniciativas do chefe do Estado, com o PRS a integrar os cinco governos até aqui nomeados por José Mário Vaz.

Neste congresso, por além de Artur Sanhá, também concorrem à liderança Alberto Nambeia, actual líder do partido, Ibraima Sori Djaló, antigo presidente do parlamento, Sola N´Quilin, actual ministro da Administração Territorial, Fernando Correia Landim, ex-ministro das Pescas, Aladje Sonco, funcionário das Alfândegas de Bissau, Aladje Nanque, ex-deputado, e Ribana Bder Na Nkek e Camnate Djata, membros do conselho nacional do PRS.
Rispito.com/RFI, 20-09-2017

PAIGC RECEBE NOVAS VIATURAS

A direção do PAIGC entrou em fase de preparativos para o próximo embate eleitoral e para isso conta com a colaboração e apoio de amigos.

Em Bissau, nesta semana, entrou um numero assinável de automóveis dupla-cabine, destinados à ajudar o partido nos desafios políticos e nos embates eleitorais que já estão quase a porta.
Foto de António Oscar Barbosa.Foto de António Oscar Barbosa.